15 agosto 2006

Depressão feminina cura-se com sexo segundo médico brasileiro de Blumenau



Um jornal brasileiro publicou o seguinte trabalho:

"13.08.2006
Sexo para depressão?

Qual é o melhor remédio para depressão da mulher? Sexo! - é esta a receita de um médico que, sem querer, terminou criando uma grande confusão.
Uma das cidades mais alemães do Brasil. A idéia de um médico de Blumenau chocou parte dos moradores da cidade. Principalmente porque eles dizem que o doutor teria exagerado na dose.
“Mandar uma senhora que vinha se consultar mandar ela fazer sexo com o marido três vezes por dia que ela vai ficar boa, isso é remédio?”, pergunta o carpinteiro Adenilso Silva.
Muita gente acha que não. E foi ao posto de saúde protestar.
“As mulheres que ele pediu para fazer sexo inclusive, elas não vieram, de vergonha”, diz uma senhora.
O Fantástico foi até a casa de algumas pacientes. Uma costureira diz que tem depressão. E que o médico teria indicado um único remédio: sexo.
“Eu achei uma falta de respeito porque ele está criticando o marido da gengte. Ele não sabe como funciona”, reclama a costureira Maria Cardoso dos Santos.
A dona de casa Ana Perotoni também reclama: “Ele disse:’você não tem nada, você não tem problema de saúde nenhum, o problema é que você tem que fazer sexo de manhã, meio-dia e de noite“, conta.
O médico Welson de Souza se defende: “Jamais o médico vai dizer pra paciente que ela tem que praticar sexo três vezes por dia. Isso não tem nem sentido. Aqui não está se falando de sexo no sentido pornográfico nem indecente não. Está se falando de sexo no sentido do carinho, da sexualidade, relação homem mulher”.
A costureira Roseli Almeida diz que ficou muito assustada. Foi procurar o médico porque estava com sintomas de depressão.
“Eu tinha acabado de perder o filho, eu comecei a chorar e ele ficou um pouco mais sensibilizado”, conta ela.
Doutor Welson é pós-graduado em medicina comunitária, em psicopatologias e psicanálise. Exerce a profissão há mais de duas décadas. Diante da polêmica, ele reflete.
“Me ter questionado em que ponto eu não soube fazer a abordagem com essas pacientes. Eu achou que o profissional tem que saber lidar com a pessoa do nível cultural mais alto possível e o mais simples”, aponta o médico.
Muitos moradores pedem o afastamento do médico. Eles recolheram mais de 200 assinaturas e entregaram à Secretaria de Saúde do município.
“Será avaliado como uma sindicância. A comunidade, inclusive, sendo ouvida“, garante o secretário municipal de Saúde.
Mais as opiniões se dividem. A auxiliar de enfermagem Maria dos Santos, seguiu os conselhos do médico: “Foi a melhor coisa. Até hoje ninguém tinha falado assim comigo”.
Ela diz que a vida melhorou muito.
“A gente se sente mais amada, mais querida, mais bonita. Só amor, sexo e rock´n´roll”, brinca ela.
“Vou continuar dizendo para as pessoas que a sexualidade não só é importante, é fundamental”, afirma o médico.
“Eu acho uma boa troca. Deixar o antidepressivo de lado e fazer mais sexo”, acredita a auxiliar de serviços gerais Sandra de Fátima.
“Pra mim não seria. Eu me sinto mal de conversar. Ele não é meu ginecologista”, afirma a dona de casa Nelci Mateus.
“Eu ia perguntar pra ele, o que você me diz eu sem marido o que eu devo fazer”, diz a doméstica Maria Gilza.
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http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1248787-4005-521030-0-13082006,00.html

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