10 maio 2006

Tornar-se

Ninguém nasce étnico: torna-se étnico. Ninguém nasce racista: torna-se racista. Ninguém nasce mau: torna-se mau. Ninguém nasce fascista: torna-se fascista. E, para recordar Simone de Beauvoir: ninguém nasce mulher, torna-se mulher.

4 comentários:

Carlos Serra disse...

A colecção de sentenças vale seu valor facial instintivo,unívoco e hipotético. Mas é evidente que ser isto "ou" aquilo, pela disjuntiva, não tem sentido absoluto. O sentido existe quando tomamos em conta a ambivalência situada em três processos: (1) grupo social, (2) tipo de educação) e (3) coeficiente de luta e de resistência.
Naturalmente e na mesma lógica de ambivalência, não excluo o que de cada coisa (tipo binário bom/mau e coisas asim) cada um de nós tem.
Abraço!

Anónimo disse...

Da mesma forma ninguém nasce bom. Não se pode negar a influência do meio (cultural, sócio econômico, psíquico) na formação do individuo. Discordo de Rosseau quando diz que o ser humano nasce BOM e que o meio o corrompe. Ninguém nasce coisa alguma: é formado.

Anónimo disse...

Acho que assim como os talentos são herdados a "maldade" pode ser genetica, acredito sim que genes mal existam!

Laís disse...

Só pra instigar a discussão recomendo a leitura de B. F. Skinner e Sylvia Lanne. Ambos são psicologos. Aquele divide, de forma didática, o ser humano em 3 niveis: filogenetico, ontogenetico e social. Já esta defede a tese de que o ser humano é sim uma construção socio historica.

;)