A história está cheia de astúcias da razão, de páginas andróginas, sobretudo nas coisas mais simples e anódinas.
É o caso exemplar do escravo oitocentista, no antigo Moçambique, de Livingstone: comprado por 90 metros de algodão, Chibanti (assim aparece no texto) comprou ele-próprio, por sua vez, com parte desse algodão, os seus próprios cativos[1].
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[1]Livingstone, David, Explorations dans l'Afrique Australe (1840/1864). Paris: Karthala, 1981, p.183.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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