07 maio 2006

O escravo Chibanti

A história está cheia de astúcias da razão, de páginas andróginas, sobretudo nas coisas mais simples e anódinas.
É o caso exemplar do escravo oitocentista, no antigo Moçambique, de Livingstone: comprado por 90 metros de algodão, Chibanti (assim aparece no texto) comprou ele-próprio, por sua vez, com parte desse algodão, os seus próprios cativos[1].
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[1]Livingstone, David, Explorations dans l'Afrique Australe (1840/1864). Paris: Karthala, 1981, p.183.

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