Quando este ano fizermos a contabilidade das coisas que, novas umas, intensificadas outras, têem ocorrido no país, creio que duas deverão ser imperativamente assinaladas: o poder da imprensa e o que parece ser uma purificação de fileiras ao nível do Poder político e estatal.
Efectivamente, uma parte importante dos nossos jornais e alguma da imprensa televisiva, tem-se fortificado no papel cidadão de vigilante da gestão do Estado, pondo a nu situações graves e, dessa forma, pela pressão constante sobre as redes de patronagem, acumulação e clientelismo político-estatais, obrigando, finalmente, aqui e acolá, à tomada de decisões correctoras.
Por outro lado, numa eventual combinação de pressão da imprensa, de pressão dos quadros honestos a nível político e estatal e de pressão dos doadores, o Poder parece querer assumir este ano - especialmente este ano - um papel de vanguarda purificadora que poderá ampliar-se. Por exemplo, pela primeira vez na história jurídica do país, face a um enorme desfalque no Ministério do Interior, a Procuradoria-Geral da República, onde pontificam muitos quadros honestos, decidiu incriminar pessoas que, em outras circunstâncias, pelo seu estatuto, jamais o seriam (não esqueci que terei de prosseguir a série O que significa a detenção de Manhenje?).
Ambas as situações irritam profunda e visivelmente certas outras pessoas, certos exorcistas a vários níveis (et pour cause), confrontadas e confrontados que estão com o que parece constituir-se como uma espécie catárquica de neo-ofensiva política e organizacional, como que o regresso do espírito de Samora. Este incómodo político é, ao mesmo tempo, acompanhado por uma re-oxigenação das expectativas populares no que concerne à honestidade e à justiça.
Enquanto isso, creio que o discurso do presidente Guebuza contempla, crescentemente, um olhar atento à corrupção.
Efectivamente, uma parte importante dos nossos jornais e alguma da imprensa televisiva, tem-se fortificado no papel cidadão de vigilante da gestão do Estado, pondo a nu situações graves e, dessa forma, pela pressão constante sobre as redes de patronagem, acumulação e clientelismo político-estatais, obrigando, finalmente, aqui e acolá, à tomada de decisões correctoras.
Por outro lado, numa eventual combinação de pressão da imprensa, de pressão dos quadros honestos a nível político e estatal e de pressão dos doadores, o Poder parece querer assumir este ano - especialmente este ano - um papel de vanguarda purificadora que poderá ampliar-se. Por exemplo, pela primeira vez na história jurídica do país, face a um enorme desfalque no Ministério do Interior, a Procuradoria-Geral da República, onde pontificam muitos quadros honestos, decidiu incriminar pessoas que, em outras circunstâncias, pelo seu estatuto, jamais o seriam (não esqueci que terei de prosseguir a série O que significa a detenção de Manhenje?).
Ambas as situações irritam profunda e visivelmente certas outras pessoas, certos exorcistas a vários níveis (et pour cause), confrontadas e confrontados que estão com o que parece constituir-se como uma espécie catárquica de neo-ofensiva política e organizacional, como que o regresso do espírito de Samora. Este incómodo político é, ao mesmo tempo, acompanhado por uma re-oxigenação das expectativas populares no que concerne à honestidade e à justiça.
Enquanto isso, creio que o discurso do presidente Guebuza contempla, crescentemente, um olhar atento à corrupção.
Vamos aguardar pelos próximos tempos, na margem das eleições.
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