Um comunicado há momentos divulgado na Rádio Moçambique dá conta de que o presidente da República, Armando Guebuza, exonorou, em despachos presidenciais separados, os ministros dos Negócios Estrangeiros (Alcinda Abreu), da Justiça (Esperança Machavela), dos Transportes e Comunicações (António Munguambe) e da Coordenação da Acção Ambiental, Luciano de Castro. Para os seus lugares, foram nomeados, respectivamente, Oldomiro Balói, Benvinda Levi, Paulo Zucula e Alcinda Abreu. Os novos ministros tomarão posse já amanhã, às 8 horas, na presidência da República (Rádio Moçambique, noticiário das 19:30).
Mais uma vassourada guebuziana, em grande velocidade, única na história política do nosso país. Quem sobe rapidamente é Benvinda Levi, actual directora do Centro de Formação Jurídica e Judicial. Parabéns, Dra. Benvinda! Outra subida é a de Paulo Zucula, director do Instituto de Gestão de Calamidades. Mas ele já teve experiência governativa.
Já agora, sugiro que leiam ou recordem a avaliação que o semanário "Savana" fez há tempos do executivo de Guebuza.
Já agora, sugiro que leiam ou recordem a avaliação que o semanário "Savana" fez há tempos do executivo de Guebuza.
1.ª adenda às 19:45: aqui está um tema para debate.
2.ª adenda às 20:50: dizia-me há momentos um amigo jurista que o presidente Guebuza está inquieto. Está sim. E ainda bem. Já não falta muito para o fim do seu primeiro mandato. Ele tem uma aceleração samoriana num corpo que ainda é muito chissaniano (já usei esta imagem várias vezes neste diário). Creio que ele ainda deverá mexer um pouco mais no seu elenco. Pode acontecer que lhe escreva mais uma carta...
2.ª adenda às 20:50: dizia-me há momentos um amigo jurista que o presidente Guebuza está inquieto. Está sim. E ainda bem. Já não falta muito para o fim do seu primeiro mandato. Ele tem uma aceleração samoriana num corpo que ainda é muito chissaniano (já usei esta imagem várias vezes neste diário). Creio que ele ainda deverá mexer um pouco mais no seu elenco. Pode acontecer que lhe escreva mais uma carta...
26 comentários:
Se são bem-vindas opiniões de estrangeiros, parece-me uma óptima notícia para os moçambicanos.
Tenho uma excelente impressão de Benvinda Levy, que tive oportunidade de entrevistar uma vez a propósito de uma pesquisa, e várias vezes louvei lá no blog o approach prospectivo e a competência do INGC sob direcção de Paulo Zucula, que não tenho o prazer de conhecer.
Têm ambos dificílimos desafios pela frente, mas creio que, se por infelicidade não os conseguirem ultrapassar, não será por falta de empenho e competência.
Desejos do maiores sucessos!
pior a emenda que o soneto. enfim...
jacinto magaia
A ver vamos....Mas creio que outros serão tb mexidos, mais dia menos dias.
Pois, o Estado precisa ser dirigido como tal, e nao como uma holding privada onde nao se sabe se defende-se o Estado ou interesses privados ou de amigos, em nome de confianca politica. Que a primeira dama seja isso e nao saia ai dirigindo sessoes de governos provinciais. Sinal de mudanca, o ex PR foi convidado a abertura da AR, e apelou a calma do povo e ao debate dos problemas do pais, ja foi aqui perguntado porque ainda nao houve conselho de Estado. A proposito ainda nao vi o PR apelar a calma do povo, veio? Um homem do governo apelidado de deixa andar e chamado a pasta dos negocios estrangeiros, engolindo a saliva que cuspiu? O presidente da AR disse que o estado do pais nao e bom, logo a seguir o chefe da bancada do partidao disse que estava bom, ambos do partidao, o barco anda mal.
Para mim, mudancas sao sempre bem vindas, especialmente quando as coisas nao correm bem. Felizmente a cultura do comodismo no Governo (vigente num passado recente) jah eh coisa do passado. Se a alternancia nao eh feita por fora, que pelo menos se faca por dentro! A unica preocupacao com estas mudancas eh a instabilidade governativa. As estrategias de longo prazo ficarao comprometidas, pois os novos titulares irao, com certeza, imprimir um toque pessoal nos ministerios comprometendo os ganhos anteriores! Que a roleta russa continue a rolar...soh assim os governantes sentir-se-ao servidores do povo e nao o contrario. Ministros como o Prof. Garrido e a bela (com o devido respeito) mutyana de Nampula (qual dama de ferro) sao exemplos a serem seguidos. Clareza, perseveranca e responsabilizacao.
Que o PR aproveite também para aposentar compulsivamente o Dr. Augusto Paulino do cargo de PGR-alínea d) do artigo 239 da Constituição da República de modo a viabilizar o informe do PGR na Assembleia da República.
Bom, que voltem os tecnocratas ao governo , já que os politicos não estão dando conta do recado. Na minha opinião um dos grandes problemas da governação actual é a politização de tudo e a consequente exclusão. A política comanda sim senhor mas sáo os técnicos que executam, e estes não precisam de ser do partido no poder para como MOÇAMBICANOS fazerem o seu melhor em prol do desenvolvimento do país!Ninguem no seu perfeito juízo está interessado na regressão política, social e económica da Nação.O país é de todos Senhor Presidente.
Perante tamanha agitação social, Guebuza já tinha vindo a terreiro dizer que o povo tem razão para estar cansado … como solução, mandou descansar Munguambe, Esperança, Castro, reorientou Lucinda, recuperou Balói e Zucula: deu sinal de vida!
Bem, importa dizer que estes senhores não vão descansar de mãos vazias: entre outras regalias têm direito a um interessante prémio monetário “por termo de funções” … pelos sacrifícios a que se expuseram.
Mas os problemas são mais profundos e vêm de longe.
Alcançada a independência, adoptamos o modelo de Partido único, com predomínio deste sobre o Estado, ou seja: ontem, como hoje (mesmo já não sendo único), a FRELIMO açambarcou o poder político, legislativo, judicial... moral, etc.
Não obstante as alterações à Constituição, mantivemos o sistema Presidencialista. O Presidente do Partido no poder é também Presidente da Republica e Chefe de Governo: uma tremenda promiscuidade de interesses… chefe é chefe!
Habituámo-nos a ver e a aceitar o Presidente da Republica (que deveria ser de todos nós, independentemente do Partido em que militemos) em eventos oficiais de Estado e do Governo com T-shirts e boné da Frelimo erguendo o punho e dando vivas à Frelimo… como se continuássemos um país de partido único.
É tempo do Presidente da Republica (eleito por sufrágio Universal e não pelo Partido) ponderar nos prós e nos contra de se assumir como Presidente de todos os Moçambicanos, suspendendo funções partidárias enquanto no exercício de Chefe de Estado.
Seria também interessante que se libertasse o Presidente de funções executivas de Chefe de Governo, deixando que governe o Partido mais votado e ocupando-se o Presidente da Republica de acompanhar a realização do Programa de Governo aprovado na Assembleia da Republica e intervir quando os objectivos a que o governo se propôs não estiverem a ser atingidos, com possíveis repercursões negativas para o povo.
O poder excessivo corrompe! O povo, cansado, clama por dignidade, medidas estruturais, mudanças de atitude… mesmo que para tal seja necessário propor medidas de ajustamento à actual Constituição.
Presidente da Republica, Chefe do Governo, Empresário no activo, é acumulação excessiva. Resta pouco tempo para pensar nos mais de 20 milhões que já somos.
É tão frágil a estrutura organizativa do aparelho de Estado – da “nação /Maputo” ás províncias, distritos e localidades – que receio sejam insuficientes as mexidas agora verificadas. Oxalá resultem!
Um abraço,
Florêncio
Uma "ganda" e bela análise caro Florêncio. Gostei.
Estou a pedir que continuem a afixar comentários acerca deste assunto, pessoas de diferentes sensibilidades e opiniões.
Porque tenho aprendido muito, aqui.
Professor tomei a liberdade de me entrevistar, eis me aqui dialogando comigo.
O que achas do situação politica actual?
Bom! Bem não esta, mas o que mais incomoda-me é a existencia de um unico partido.
Como assim?
A Renamo que me desculpe mas o seu Lider não é capaz.
Porquê dizes isso?
Vi uma entrevista do lider da oposição no programa televisivo "com a imprensa" da TVM.
E descobri que a Renamo não tem um plano de governação coerente o lider desencontrava-se muito durante a entrevista.
O que concluiste da entrevista?
Que a oposição leva muito tempo no exercicio da critica politica e menos tempo para concepção de alternativas de governação.
Qual é a tua sugestão?
Desmamentar a concepção Militarista da liderança e avançar para uma metodologia de eleição mais abrangente e concensual ponderando sempre os aspectos academicos, isto é não se justifica que 32 anos após a independencia ainda tenhamos que aturar lideres com insuficiencias academicas dentre outras limitações.
Ultimas considerações?
Que ninguém veja isto como uma ofensa mas sim como leitura de alguém, que sonha com um pais melhor, muito Obrigado.
Maxango
E assim vamos avançando na leitura do país.
Muito obrigado ao professor e aos comentarios do Nelson e do Floresncio sao opinioes inteligentes em conformidade naquilo em conformidade com aquilo que é a situacao politica actual em mocambique.
Um abraço
Anselmo
Maxango entao talvez nisso nao haja diferenca entre os dois partidoes tirando o mito da origem de cada um. Estou a espera de o chefe deixar de nomear PCAs de empresas nas quais tenha interesses ou pior e concorrente.
Para mim esta questão de vassouradas nos ministros a vejo da seguinte maneira:
-O nosso presidente deve não conhecer bem o seu quadro de pessoal e portanto, ficando surpreendido pela actuação dos seus homens depois da nomeação, sujeita-se ao uso do "método das tentativas" (usei muito este método quando aprendia a acertar reacções Químicas na oitava classe classe...tentar com dois, se não der então com três, e assim sucessivamente), é um método pouco viável (voz de experiência).
-Outra questão deve estar ligada à conexões pessoais que imperam quando é hora de decidir, deixando de lado pessoas com capacidades para assumir certas tarefas, porque um ex-colega, amigo devem ocupar tal cargo.
-Alguns ditados populares nossos devem ser rectificados com urgência, ficamos muitas vezes presos a ditados como: De vagar vai longe, Na falta do melhor o pior serve, na verdade isto não é assim, de vagar NÃO vamos longe e na falta do melhor o pior NÃO serve!
Eu no lugar de contentar-me com as mudanças do pessoal, gostaria de contentar-me com as mudanças que essas mudanças supõe-se que tragam!
Para terminar, desculpe prof pelo comentário longo!
Adérito Magumane, estudante moçambicano na Itália.
caros! 18 anos tivemos um presidente, chefe do governo, com um estilo de governacao que quase se internalizou em nos. em 18 anos houve mudancas que alteraram a nossa concepacao de pais, relacoes sociais e economicas, a governacao e responsabilidade politica, a nossa postura com o mundo, etc. parece que muitos esperam um processo de normalizacao politica, e nao sera para ja. temos um novo presidente, como uma escola politica qe todos nos a conhecemos, tenta impor uma nova cultura politica, de governacao, com a rapidez que a sociedade exige e com tanta fragilidade em termos de cultura, meios e recursos, nao ha filosofie politica que de respostas certas para tamanha expectativa.
tivemos a experiencia no governo de chissano de ter ministros tecnicamente capazes e com muita criatividade, mas faltou o capital politico para realizar reformas ou arriscar mais. parece-me que aqui reside o problema.
para mim seria interessante estudar as relacoes de poder e interesses que jogam para nomear algumas pessoas para certos cargos de governacao. sem reformas na pereira lago nao vamos ter um governo criativo e que sabe arriscar.
sobre a nova remodelacao, precisamos de politologos para ajudarem-nos a perceber o ponto crucial que esta na origem desta remodelacao. parece-me que o presidente demitiu os ministros mais frageis, em termos de capital politico. ha ministros tecnicamente piores do que estes q foram remodelados, mas o seu capital politico joga um xadrez importante para continuarem no governo, e estamos a porta das eleicoes. o que essas mudancas trazem? em primeiro lugar devolver a visibilidade do presidente da republica, na senda de que "guebuza nao brinca", segundo recuperar o pragmatismo diplomatico e prestigio junto dos doadores que andam stressados ja faz muito tempo; terceiro, o sector de transportes e comunicacoes anda a muitos anos sobre pressao dos doadores e investidores internacionais para reformar e privatizar algumas areas estrategias, e com a crise dos transportes publicos e o descontentamento popular , implica ter um homem certo para devolver a confianca aos "doadores", por mais dinheiro no investimento publico, e devolver ao publico a confianca de que a crise de transporte vai ser resolvida, o perfil do novo ministro nao deixa ninguem duvidar da sua competencia em coordenar, dialogar e fazer com que as coisas acontecam (a ultima conferencia do sector privado pos a nu alguma fragilidades do antigo timoneiro, a fematro veio dizer a mesma coisa). isto aplica-se ao sector da justica, foi um dos sectores mais amados pelos doadores e mais criticado, a torneira esta a secar e a reformas nunca chegam a ser feitas, e com uma pressao publica nacional pela visibilidade da justica, nao ha razoes para nao mudar as coisas.
quarto, o dossier das florestas mocambicanas, o investimento na industria mineira, biodissel, venda de terras, implica ter alguem que sabe "manobrar" com choques de interesse economico e politico, e a com a sociedade civil muita atenta para a exloracao de recursos naturais, precisa-se de outro approach.
mas isso e so o comeco, os governadores estao la sozinhos a resolver a maior batata quente em termos de politicas publicas, estao a receber mais secretarios permanentes, mais comitivas ministeriais e menos dinheiro, menos pessoal qualificado e menos autonomia e poder politico para imprimir mais dinamica no combate a "pobreza".
mas como diz o aderito magumane, em termos de estrategia politica esta mudanca vem dar um novo folego, mas a longo prazo ela precisa de sustentabilidade e resultados, por isso temos que encorajar mais ministros criativos e tecnicamente capazes, e mais pressao a pereira lago para "oferecer" governos que venham para governar no verdadeiro sentido da palavra.
(temos um novo presidente, como uma escola politica qe todos nos a conhecemos, tenta impor uma nova cultura politica, de governacao, com a rapidez que a sociedade exige e com tanta fragilidade em termos de cultura, meios e recursos, nao ha filosofie politica que de respostas certas para tamanha expectativa.). Caro chapa 100, quem colocou a fasquia alta, quem passou a ideia que os outros nada fizeram e tudo o que fora feito era burocratismo, deixa andar e outros espiritos e que agora era hora de correr? Que nao eram necessarios tecnicos competentes, bastava orientacao politica. Vimos um governador recem nomeado ser questionado qual seria o seu plano, respondeu que nao precisava planear nada porque tinha recebido orientacoes claras! Ate Politica tem ciencia e tecnicas, e nem sempre longos anos de experiencia geram bons politicos. Humildade precisa-se.
Eu so vou falar de Antonio Munguambe, quem conheci pessoalmente.
Munguambe comecou a errar desde o primeiro dia que entrou naquele Ministerio. a sua proucpcaoinical foi denegrir a imagem de Tomas Salomao e destruir toda a estrutura por este montada.
Munguambe era casmurro, se esse eh o termo mais correcto. Nao ouvia a ninguem e tomava decisoes sem nunca consultar especialistas em determinadas materias. Falo de quadros do seu Ministerio com uma certa experiencia e dominio das as de transporte e comunicacoes. Lembro-me de Munguambe quando abriu guerra a Antonio Pinto, entao director do IACM. Cobardemente, Pinto foi exonerado estupidamente. Lembro-me do Munguambe que nao dixava as pessoas expressarem os seus pontos de vista. Ao meio cortava e enxovalhava o atrevido.
Lembro-me do Munguambe rodeando-se de seu sobrinho (filho de uma das irmas) Bulande como chefe de gabinete, e outros familiares como assessores. Lembr0-me desta corte de Munguambe beneficiar de 1.500 dolares mensais de subsidios, pagos pela Empresa Aeroportos de Mocambique (confirme quem quizer). Lembro-me do Munguambe com filhos a estudarem na RSA com bolsa das Telecomunicacoes de Mocambique (confirme quem quizer). Lembro-me do Munguambe o Ministro dos Presentes. Quem nao sabe que o sr. Munguambe recebeu uns bons presentinhos dos CFM, foi rejeitado um pedido seu feito ao INCM?
Lembro-me da surpresa em saber que o Sr. Munguambe, ora expulso do BCI (um banco da praca), foi assumir tao iloustre cargo.
Sr. Munguambe, vou sempre me lembrar de si, e hoje so agradeco ao presidente por ter corrigido este erro.
Mas, Sr. Munguambe...que deus lhe de um futuro feliz e que faca do sr. um home humilde e ponderado
Que quadro, que quadro, meu Deus!
caro anonimo! eu na altura comentei aqui neste blog e mocambiqueonline que o presidente guebuza esta a por a fasquia alta e fez um diagnostico problematico dos problemas do pais. parece-me que estavamos a passar por um momento historico que foi acompanhado de muita emocao, nao sentimos isso so com politicos, houve ate academicos que tambem perderam essa oportunidade de estudar melhor os problemas, antes de propor solucoes. o mesmo esta acontecer com esta remodelacao, ja temos gente a dizer disparates e a esperar que solucoes vao aparecer tao ja. nao vao. para mim interessa entender que contexto social e politico permitiu tamanha falta de "humildade"? e parece-me que o problema nao esta em ocupar os cargos politicos com pessoas tecnicamente capazes ou vice versa, nao precisamos de cientistas a dirigirem ministerios para termos um pais sem problemas.precisamos de muita mais clareza em relacao aos problemas deste pais. fazer recrutamento de funcionarios na base em cores partidarias no aparelho do estado e um desejo de quase todo o politico no mundo que gostaria de fazer, mas nao o faz porque existem mecanismos que nao permitem isso. temos o crime organizado no aparelho do estado, os funcionarios publicos que la estao representam um interesse que nao e politico, e eles sao tao perigosos como a partidarizacao da funcao publica em muitos paises. e pensas que quando a oposicao no poder com as coisas como estao, com a falta de instrumento reguladores, juridicos, inspectivos, eticos e com opiniao e espaco publico tao problematico como a nosso, nao vai aproveitar-se disso para meter os seus quadros la dentro?
agora estamos perante um facto curioso, se o partido no poder perceber que a partidarizacao do aparelho do estado tem um pacto negativo no delivery de servicos publicos e que isso reduz a sua preferencia politica no eleitorado, tera q mudar, sob pena de cometer um suicidio politico. mas para isso tambem precisamos de ter um espaco publico actuante.
ainda bem que falas desse governador. veja as entrevistas com os nossos ministros, governadores, deputados, politicos. por exemplo as perguntas e respostas mais chamam-me atencao: pergunta:o que gosta de fazer? resposta: ler, praticar desporto,cozinhar, ver filmes.e o jornalista da-se por satisfeito.
lendo algumas entrevistas nunca vi que eles preocupam-se em dizer o livro que leem, o autor, a bibliografia obrigatoria deles, o musico/banda que gostam, filme preferido, lugar que mais visitam (museus, pontos turisticos, etc), o melhor prato, falar da sua universidade, do seu professor, do politico que mais admira,do perfil da sua escola politica,etc.
essas coisas parecem futeis mais dizem muito. quando no grande entrevista nao aparecem esses dados, nao me admira que quando "questionado qual seria o seu plano, respondeu que nao precisava planear nada porque tinha recebido orientacoes claras".
Neste andar vamos vêr para breve uma cisão no partido dos camaradas, nos EUA também foi assim que surgiram os democratas e os republicanos antes eram unha e carne
abraço
PS. GOVERNO DO GUEBUZA SÓ ASCULTA! ASCULTA! MAS NUNCA VOLTA COM SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS APRESENTADOS
Uma das coisas mais difíceis que há consiste em "olhar" para o Estado enquanto concentrado de relações políticas e clientelistas onde pouco entra daquilo que nós gostaríamos que lá entrasse ao nível ético. Nós achamos que o "Estado" devia ser isto ou aquilo, mas o grupo hegemónico (ou a coalisão dominante) sabe que o "Estado" só pode ser aquilo que os seus gestores querem que ele seja, nos conflitos inter-grupos, na monitoria da santa trindade (coacção, adesão, legitimidade). Claro, chocando periodicamente com problemas, como as eleições ou os acontecimentos de 5 de Fevereiro e devido a isso procedendo a pequenos arranjos institucionais. O marotão do Napoleão Bonaparte escreveu um dia nos seus comentários ao "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel o seguinte: "Saber-se-á o abêcê da arte de reinar quando se ignora que desagradar pouco dá o mesmo resultado que desagradar muito?" Continuo, hoje ainda, a achar que o Napoleão era mesmo um bom malandro...Abraço!
Olá pessoal as mudanças aconteceram mas, não tem mérito. O tipo de presidente da República que nós da nova geração queremos, um presidente que nomea as pessoas em função de qualidades profissionais sem aproximação partidária.
O governo deve se convencer que todos transtornos de cumprimento do plano quinquenal tem como causas o clientelismo.
Nao vai haver cisao nenhuma na FRELIMO, porque na FRELIMO existem FRELIMISTAS e CAMARADAS.
FRELIMISTAS: Guebuza, Chissano, Gruveta,Nihia, Marcelino dos Santos, Chipande, Matshine, Tobias Dai, Jorge Rebelo, Sergio Vieira,Mario Machungo...etc
CAMARADAS: Edson Macuacua, Antonio Munguambe, Helder Muteia..etc..etc..
Os FRELIMISTAS formam o nucleo da FRELIMO, controlam o Partido, decidem e orientam (nao eh por acaso que houve reunioes e reunioes apos o 5 de fevereiro).
Os camaradas, sao uns simples peoes. Estao onde estao mais para beneficios pessoais do que defendendo uma ideologia. Os camaradas, alguns ate podem ser considerados como simples oportunistas, papagaios (Vejam Edson Macuacua)..ou paafraseando o falecido Nhimpine....uns coitados. Os camaradas podem ser demitidos e substituidos por outros camaradas, nao abana o partido. Porque estes camaradas nao tem forca de accao, qualquer tentativa de desestabilizar o Partido sera combatida com vigor. Que o digam alguns hoje acantonados e outros desaparecidos.
Por isso digo FRELIMO HOYE!!
Falando sobre a casa de Justiça, a Dra. Levi vem "do povo" - e da carreira, e a ex-Ministra já não era. Acho que esta mudança e como outro aqui dizia -- sinais de vida do governo! Forca, Dra. Levi, o desafio eh grande.
O Soares Nhaca também veio do povo, lembram-se que era dirigente sindical?
Essa dos FRELIMISTAS E CAMARADAS está bem vista!
Frelimo Hoye
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