Entre 24 de Maio e 25 de Junho de 1975, Samora Machel percorreu o país do Rovuma ao Maputo. A 14 de Junho (11 dias antes da proclamação da independência nacional), realizou um comício na cidade da Beira. O que se segue é uma pequena parte do discurso recolhido e transcrito pelos historiadores Colin Darch e David Hedges (clique duas vezes com o lado esquerdo do rato para ampliar a imagem):
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
5 comentários:
As vezes digo, que quem vai derrotar a FRELIMO nao eh a RENAMO. Eh SAMORA MOISES MACHEL. Nehum discurso deste homem, defensor acerrimo do Povo, embora com os seus erros, encontra enquadramento na FRELIMO actual. Se Dlakhama tivesse visao, pegava nesses discurso e denudava a FRELIMO.
Os descursos de Samora, mostram que o homem estava so..porque tudo quanto ele condenava....hoje...faz parte do dia a dia.
Interessante, Samora era contra a Burguesia..Guebuza eh contra a "pobrezia". Samoro, o exemplo da luta contra a Burguesia comeca no lider, com Guebuza o exemplo da luta contra a pobresa comeca n Lider.
(a luta continua!!)
Nanuto
> Pois é ... mas quando as dificudades apertaram para todos, depressa se criaram, a nível nacional, as "lojas dos dirigentes" e outras mordomias para dignificar o poder.
FM
O que é fundamental é justamente o texto, a redescoberta da época encarada com os olhos deste presente muito diferente.
Emocionante! Para todo aquele que sonhou e ainda sonha como Samora, este discurso emociona e não deve ser esquecido nunca.
Que esta luta continue.
Discordo de Anónimo quando diz que os discursos de Samora Machel “mostram que o homem estava so..porque tudo quanto ele condenava....hoje...faz parte do dia a dia.” Mas esse era precisamente o discurso do regime, desde a transição até quase ao fim de Machel.
João Cabrita
Enviar um comentário