12 outubro 2011

Três maneiras de dar sentido à vida

Uma hipótese: somos os artífices habituais de três maneiras de dar sentido à vida: (1) fazer os fenómenos decorrerem de atributos, de substâncias primeiras; (2) estabelecer que em todos os fenómenos há qualquer coisa de estável, de fixo, de não mudável (nas construções linguísticas, o sujeito e o predicado são, a esse respeito, dois paralizadores medulares da acção com expressões do género ele é, as coisas são assim e pronto, não vale a pena, etc.); (3) reduzir a vida a um grupo limitado de acções, justamente as fundamentais . É desse modo que nos orientamos na multilateralidade dos contactos, quer com os outros, quer com a natureza. Substancializar, estabilizar e limitar são, assim, três características nucleares e universais do comportamento humano.

1 comentário:

Salvador Langa disse...

A quarta maneira é 'não me importo'.