05 fevereiro 2011

Egipto: táctica perfeita de reciclagem e adaptação

Dirigentes do partido no poder no Egipto são dados como tendo resignado, aí compreendido Hosni Mubarak - confira em português aqui e em inglês aqui (para traduzir, aqui). Recorde aqui.
Comentário: tudo parece desmoronar-se no comando político governamental do Egipto. Mas sugiro deixemos a aparência das coisas e das notícias e pensemos, antes,  no exercício de uma táctica perfeita de reciclagem e adaptação perante a pressão popular, consistindo em retirar da visibilidade  imediata quem comanda (e quem comanda é um sistema e não Mubarak) para, através de um cenário de recurso, manter na sombra o monopólio e a iniciativa do poder político. Atirar para a frente da batalha trunfos falsos para guardar os verdadeiros, simular fraqueza táctica para robustecer poder estratégico. Uma tarefa que pode estar facilitada pelo facto aparente de que as manifestações visam não alterar o sistema de relações sociais, mas torná-lo suportável.
Adenda às 21:08: últimosegundo, aqui.
Adenda 2 às 21:36:

Adenda 3 às 21:46: Yahoo News aqui.

1 comentário:

ricardo disse...

Cortina de fumo, the show must go on...

Com Mubarak ou sem ele. A oposicao sera aquilo que se quizer. Grandes aparicoes. Pequenas vitorias.

Na realidade, cumprem-se os preceitos do terceiro cenario avancado por mim num post anterior:

O regime cria uma especie de oposicao interna do NPD e com o suporte do exercito, entende-se com a ala moderada da oposicao, isola os radicais e aniquila-os em nome da estabilidade do Estado laico com Amre Moussa a cabeca. Para mim, esta e a solucao com voto de Minerva dos EUA, que a UE e Israel muito apreciariam!

O Povo, esse, fica a ver navios...

Como sempre!...

Note-se que insisto em Amre Moussa, nao obstante o NPD ter agora um novo secretario-geral, o qual, segundos os seus estatutos, e o candidato natural a Presidente. Mas lembremo-nos tambem que o periodo e de transicao...