05 setembro 2009

Psicologia dos produtores da pátria (11)

Vamos lá a mais um pouco da série, já me esquecia dela, vejam lá que coisa abominável.
Tenho tentado criar algumas ideias para formar o perfil dos libertadores da pátria, daqueles que dirigiram a nobre saga da libertação da pátria, da produção da pátria.
Eventualmente com um período de transição a estudar e a demarcar, passámos de uma trajectória de criação de algumas linhas de relações sociais diferentes das relações capitalistas coloniais para uma trajectória de relações capitalistas nacionais.
Essa trajectória passa, evidentemente, por um período de facilidades especiais e de acumulação de capital.
E esse trajectória passa, também, pela coabitação com outros partidos políticos.
Pouco a pouco, os tentáculos políticos monitorados pelo grupo hegemónico entranharam-se nos tentáculos económicos e na formação de poderosos grupos empresariais, gerando uma liga indissolúvel.
O cerne não é mais o socialismo, mas o capitalismo, um capitalismo temperado pelo eufemismo mediatizado do "desenvolvimento", pelo regresso em força aos valores das "tradições" e pela aprendizagem do pluralismo opinativo.
Nota: em qualquer momento posso alterar o que aqui deixo escrito. Se isso acontecer, surgirão a vermelho as partes alteradas e/ou acrescentadas. Seria muito bom que os leitores pudessem contribuir com outras leituras, criticando as que aqui são propostas.
(continua)