10 setembro 2009

Três

Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida (provérbio chinês)
A luta política em Moçambique esteve durante muitos anos confinada ao duo Frelimo/Renamo. O surgimento do MDM e de Deviz Simango mudou o cenário e deu-lhe um cunho vincadamente triádico. Hipótese: os protestos surgidos devido à exclusão efectuada pela CNE são, apenas, a ponta do iceberg. O fundo tem a ver com a nova configuração política. Os ataques sistemáticos que porta-vozes da Frelimo e da Renamo têm feito contra os intrusos revelam bem o seu incómodo. Uma regra que os sociólogos conhecem bem: os estabelecidos de um território sempre irão pintar os novos habitantes com as cores mais tenebrosas. O que importa, porém, é que - tenho para mim - está mais rica a paisagem política do país, certamente ficará ainda mais rica nos próximos anos.
Adenda: a manchete do “Savana” desta semana tem o título Piromania, no interior do jornal o título é Terramoto político.

4 comentários:

(Paulo Granjo) disse...

Postei um desabafo analítico sobre o tema e os acontecimentos mais recentes, lá no Antropocoiso.
Seja bem-vindo.

Abdul Karim disse...

O cenario politico nacional tem que ficar mais rico.

Nao tem outra alternaiva. ja estamos a aguentar esses MADALAS e seus filmes de anibalzinho para cima e anibalzinho para baixo ha muito tempo.

tem que ter competiividade e tem que haver espaco para INOVACAO.

JUVENTUDE NO PODER! ... Isso, JUVENTUDE NO PODER!

os MADALAS estao a brincar aos politicos, nao tem AGENDA nenhuma que nao seja andarem a enriquecer ilicitamente e a IGNORAR A JUVENTUDE e continuamos ETERNAMENTE POBRES.

DAVIZ veio para MUDAR ISSO.

e nao vai ser facil travar esse MDM.

POR UM MOCAMBIQUE PARA TODOS!

Sir Baba Sharubu disse...

Mozambique has to show to the world that it is a serious country, daily.

Anónimo disse...

Embaixadores... o que querem depois do burro morto?Há anos que os sinais de intolerancia vêm-se avolumando. Todos os dias lemos notícias de nacionais que são excluídos porque não comungam dos ideiais do partido no poder. Há 2 tipos de Moçambiqcanos- alinhados na Frelimo e " os não alinhados ". Em nenhum momento os mais altos magistrados da nação tiveram um discurso inclusivo e daí aos administradores distritais e quejandos praticarem a intolerancia é um passo. Por isso a CNE não teve escrúpulos não informando deliberadamente os mandatários das listas para suprirem as faltas e diferenças. OS embaixadores é que no fundo alimentam este tipo de coisas porque vão dando dinheiro mas não exigem que o governo melhore o seu desempenho democratico, que o pais deixe de estar preso a dicotomia pertido/estado. Não digo que devam suspender a ajuda porque aí o zé povinho é que pagará as favas, mas sejam coorentes, dêm mas exijam que a Democracia de facto esteja a desenvolver se e não a retroceder.