Dei conta aqui, há dias, do enigmático crocodilo que surgiu na periferia da cidade de Maputo. Então a história não acabou com a morte do animal e com a ruidosa e feliz festa culinária? Não, de forma alguma. Como assim? Sucede que quando a polícia do bairro de Mahlazine se preparava para incinerar a cabeça do bicho, eis que surgiram os técnicos dos Serviços de Fauna Bravia, que a recolheram e mais a pele. E assim ficou desgostoso o Sr. Bernardo Mabote, residente no quarteirão três do bairro de Zimpeto, que "justificou ter tirado os órgãos durante a altura do abate e divisão da carne do crocodilo para evitar que caíssem nas mãos de indivíduos de má conduta e a assistir-se uma onda de envenenamentos, uma vez que o cérebro daquele animal é um veneno mortífero para as pessoas." Entretanto, foi necessário analisar a cabeça do falecido e perigoso crocodilo e verificar se o cérebro lá estava. Coisa de precaução. Finalmente, parece que agora se acredita que o animal não surgiu por acaso, surgiu magicamente.
Sem dúvida, um excelente ingrediente para um livro à Garcia Márquez.
2 comentários:
Que delícia...
SEm dúvida,
se eu estivesse em Maputo iria ao Zimpeto para explorar um pouco mais ao fundo "o enredo" e assim obter rascunhos para o romance que nunca escrevi...ah ah ah ah
Essa é de facto muito boa.
Faz bem ao fígado.
I Chire
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