Temo-nos tornado um país que deixou de fazer a digestão das coisas complexas. Dos questionamentos. Da capacidade de manter a honestidade de pé. Da coragem de dizer não no oceano do sim.
Perdemos a capacidade de remar para montante dos problemas, porque é para juzante que todos ou quase todos querem remar.
Por todo o lado desfilam números, estatísticas triunfais, vozes de bem-pensantes em seu enorme conforto.
Ou, então, com o dedo acusatório apontado para as causas naturais e para o perverso destino, chovem lamentos porque não se conseguiu atingir a chapa 100 não importa onde.
Mas agora, em visita a Cabo Delgado, o presidente Guebuza adoptou um novo método, afinal um método samoriano: pôr em causa, criticar.
Três pontos são fundamentais a esse nível:
1. O presidente criticou o governo provincial e isso veio publicamente expresso no curcunspecto e conservador "Notícias".
2. O presidente criticou a interpretação das estatísticas a propósito de uma suposta diminuição das exportações devido à interdição da exportação da madeira em toros. E falou em transformação dos toros.
3. O presidente colocou abertamente o problema do consumo interno da madeira.
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