![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNJK6dUxnk3tagpiNg630G-BuCfkFvCKQ4X_Vsz0YMgrgVephuLK7stxHmrp9NHs3mZE3TuRrV3_DWYOI42RX5APpwRkd2vGS-Qbfpn7xzdOMsEfPZnwUWeSI0vrYAjxGKGYp6/s320/calcetines+uno.jpg)
Recebi, com pedido de publicação, o presente texto de Ana Alonso. Aqui vai, numa série:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpRAnrDv-K0SWEAdsSifMNycrt-C-nxrLXcjhBzquSaNzzJeVW1T44kN-c9JE3OLPuN01dIQqYCyv-_GTK0tITKHksOOuq5ZYtkZNinDdiRePCeIWW55_-Bvo-fYQMVZnMqvfr/s200/1158747452_0.jpg)
A fotografia foi premonitória, caso as casualidades existam.
Foi na cidade de Istambul, na Turquia, durante uma visita de Wolfowitz, presidente do Banco Mundial, à Mesquita Azul, onde o manda-chuva da emérita instituição teve que tirar os sapatos, mostrando ao mundo inteiro dois enormes buracos nas peúgas.
A imagem foi capturada mais do que captada pouco antes de estalar a trovoada que esburacou a cadeira de Wolfowitz no Banco Mundial por nepotismo ou despotismo. Isto é, por utilizar os meios institucionais em favor de familiares e amigos. Amiga, no presente caso, que por sua vez apresenta outros buracos não devidamente esclarecidos.
Salvo erro, a experiência indica que o melhor sistema para o poder mundialmente estabelecido acabar com as coisas pouco gratas é dar a essas coisas pouco gratas uma boa publicidade.
Assim, quando o poder mundialmente estabelecido decide que a pobreza, por gritante, ameaça os seus interesses, financia quilómetros de publicidade em favor da pobreza. Perdão, contra a pobreza, o que permite consolidar os abusos na base e publicitar uma realidade bem distinta, cara à galeria.
Ana Alonso
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