Tudo parece bárbaro, difícil de aceitar, de compreender. Mas é possível compreender, como eu e a minha equipa de investigadores mostraremos brevemente em seminário público.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
24 maio 2007
Aimuquentene! Aimuochene!
Na continuidade da pesquisa que a Unidade de Diagnóstico Social do Centro de Estudos Africanos realiza sobre linchamentos nos bairros suburbanos de Maputo, soube ontem que num dado bairro (onde este ano terão sido já linchadas duas pessoas sem que isso conste dos jornais e os corpos apareçam) existem duas frases densamente apelativas que precedem o linchamento: aimuquentene (aimu= vamos; quentene=aquecer) ou aimuochene (aimu=vamos; ochene= assar). Um entrevistado converteu tudo isso nesta imagem em português: vamos meter no microondas.
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2 comentários:
'Tudo parece bárbaro, difícil de aceitar, de compreender. Mas é possível compreender'...
De repente pus-me a pensar na nossa posicao de entender e compreender tudo o que parece incompreensivel e inaceitavel. Algumas pessoas acham que entender e o mesmo que justificar.
Lembro-me de ter falado que antes de analizar temos sempre que julgar e tomarmos a nossa posicao.
Estava so a pensar...
Dramáticos problemas, sem dúvida, la strega.
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