14 maio 2007

Arcebispo Chimoio e a diversão (ou a fagocitose da alegria) (2) (fim)


Ignoro qual o critério que o arcebispo Chimoio possui de diversão.
Mas em relação ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, certamente que nenhuma modalidade de diversão entra na sua severa tabela moral.
O arcebispo Chimoio tem uma virtude: a da castração conscientemente enunciada.
Pensando nos jovens, o arcebispo disse sem rebuços que ir ao santuário só pode ter um sentido e não mais do que um: o de "rezar, o de reconciliar-se com o senhor e purificar-se". Percorrer 70 quilómetros para se divertir, isso é ir contra o Senhor. É absurdo - crê Chimoio - que os jovens se desloquem à Namaacha com tão asqueroso projecto, o da diversão.
Como sabe o arcebispo que o Senhor ficará ferido se os seus jovens percorrerem 70 quilómetros para o amarem e para se divertirem também ? Como sabe o arcebispo que é a tristeza expiatória que deve imperar e não a alegria?
Está Chimoio convencido de que um dia os jovens perceberão que ir à Namaacha não é ir para a diversão. Mas estou certo de que os jovens esperam que um dia o arcebispo possa fazer 70 quilómetros para rezar e para se divertir. Se possível com eles.
Nenhum jovem é Matusalém.

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