Hoje, na cidade de Maputo, na terceira ronda negocial destinada a obter um acordo pleno para o governo de transição de Madagáscar, três representantes políticos do país (incluindo o presidente deposto, Marc Ravalomanana) chegaram a um acordo na distribuição de pastas ministeriais. Segundo a Rádio Moçambique e o mediador, o antigo presidente moçambicano Joaquim Chissano, o mundo participante estava feliz no fim, mesmo não estando presente o actual e jovem presidente golpista, Andry Rajoelina (na imagem) (Rádio Moçambique, noticiário das 19:30), que não quis vir a Maputo por considerar que era um desperdício estragar tanto dinheiro com isso (propôs uma teleconferência).
Comentário: o grande problema das decisões felizes é quando o tabuleiro de xadrez se esqueceu do rei, mesmo se golpista, mesmo se, portanto, juridicamente espúrio.
Adenda às 20:39: os intervenientes do acordo distribuiram as pastas entre eles, incluindo as que atribuiram a Andry Rajoelina, não estando este presente. Que coisa deliciosa esta, que pujança democrática!
7 comentários:
Acontece Professor,
Nos temos o habito de fazer as festas antes do tempo... comecarmos a retumbar, esmagar, fazer desparecer... entao as vezes esquecemos... saimos para jogar xadrez...e esquecemos do rei... acontece...
Felizes...
Se calhar porque somos bons a mudar regras de jogo conforme as conveniências de momento. Xadrez sem rei? Irrelevante se o rei já vai nú, pensam eles.
Pois se Maomé não vai à montanha, então ela vem ter a Maomé. Suponho.
"Andry Rajoelina (na imagem) (Rádio Moçambique, noticiário das 19:30), que não quis vir a Maputo por considerar que era um desperdício estragar tanto dinheiro com isso."
Era um desperdício estragar tanto dinheiro com isso!!!!!!!
Ainda há alguma inteligência na Ilha de S. Lourenço - Madagáscar.
O miúdo tem futuro, naquela região...
Mas como fica isto? Eles não sabem que decide lá é o jovem?
Segundo o País online: Entretanto, o actual presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, discorda da composição dos ministérios conforme as listas avançadas pelo trio que se encontra em Maputo.
Em comunicado enviado ao chefe de mediação, Joaquim Chissano, Rajoelina respondeu em tom de desagrado ao dizer que não adere a brincadeiras nem provocações. “O Movimento de Rajoelina não adere a um passo tão provocador. não aprovamos nem endossamos”,
http://www.opais.co.mz/opais/index.php?option=com_content&view=article&id=3416:rajoelina-nega-reparticao-das-pastas-ministeriais-acordada-em-maputo&catid=63:politica&Itemid=273
O caso de Madagascar e do Zimbabwe vem muito cedo mostrar que essa de governos de unidade nacional inventada para contornar a democracia nao funcionam. E claro andamos as rodas a gastar dinheiro com banquetes, viagens, ajudas de custo chorudas. Este dinheiro poderia muito bem servir para coisas melhores.
Mais um pormenor: os profetas do governo de unidade nacional nao querem implementa-lo no seu pais. Talvez so quando um dia perderem as eleicoes....
Uma coisa interessante e que a RM enfatisa que as pastas ministeriais foram distribuidas para os "ditos" 4 lideres. Quer dizer, 3 dos 4 lideres se sentam a mesa e distribuem-se o bolo como se fossem proprietarios do pais. Cade o povo, legitimos donos de Madagascar?
Porque nao comparar a genese e o desfecho dos golpe em Madagascar e nas Honduras? Tambem acompanhar as reaccoes da Organizacao dos Estados Americanos (OEA) e da Organizacao da Unidade Africana (OUA) e os desfechos de cada um dos golpes para tirarmos algumas conclusoes...
Um abraco,
Eu não falei que "O miúdo tem futuro, naquela região..."
«Rajoelina respondeu em tom de desagrado ao dizer que não adere a brincadeiras nem provocações. “O Movimento de Rajoelina não adere a um passo tão provocador. não aprovamos nem endossamos”»
O "puto DJ" coloca os cotas a dançar.
A "democracia" está sólida em Madagáscar!!!
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