O cantor todo tatuado canta há horas diante de milhares de pessoas que, sincronizadamente, braços no ar, espectáculo mundial, vivem de forma intensa o acme dos sentidos. Menos do que a letra (pobre), menos do que a qualidade das músicas (péssima), o fundamental é a capacidade do cantor tatuado fazer-se o profeta dos sentidos, o oficiante ruidoso de uma gigantesca religião sensorial, catárquica, em meio a uma panóplia de ruídos múltiplos, extraordinários, recorrentes.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Sem dúvida, acho que as pessoas procuram cada vez mais acreditar "com o corpo" basta ver as seitas pentecostais...
Empreendedores da vida sem cérebro.
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