Em 1919, numa conferência, o sociólogo alemão Max Weber disse o seguinte: "O Estado é uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um determinado território".
Há dias, citado pela "Rádio Moçambique", o primeiro-ministro Alberto Vaquina disse o seguinte na Assembleia da República: "Só o Estado tem direito de usar a força para restabelecer a legalidade e a ordem pública, caso sejam violadas."
O sucedido em Muxúnguè revela que a Renamo disputa ao Estado o monopólio do uso legítimo da força física, importante recurso de poder. A esse nível, provavelmente deseja que as suas bases na Gorongosa sejam consideradas quartéis-generais de direito.
Por hipótese, temos a aspiração renamiana a um Estado bicéfalo - um Estado à Jano -, num momento em que se disputa o controlo de um outro importante recurso de poder, a Comissão Nacional de Eleições.
Há dias, citado pela "Rádio Moçambique", o primeiro-ministro Alberto Vaquina disse o seguinte na Assembleia da República: "Só o Estado tem direito de usar a força para restabelecer a legalidade e a ordem pública, caso sejam violadas."
O sucedido em Muxúnguè revela que a Renamo disputa ao Estado o monopólio do uso legítimo da força física, importante recurso de poder. A esse nível, provavelmente deseja que as suas bases na Gorongosa sejam consideradas quartéis-generais de direito.
Por hipótese, temos a aspiração renamiana a um Estado bicéfalo - um Estado à Jano -, num momento em que se disputa o controlo de um outro importante recurso de poder, a Comissão Nacional de Eleições.
5 comentários:
Já agora também não podemos ficar reféns de acordos privados cujos termos nunca chega ao nosso conhecimento.
Como se permite haver dois exércitos num mesmo país?
O "uso legítimo" da força tem muito de ilegítimo. Quem assegura a legitimidade quando a polícia carrega sobre manifestantes?
O poder da palavra nalgum momento é usado por instinto e não pela razão, daí que temos a cada dia que passa discurso que não abonam alguns actores da nossa sociedade...
Volvidos 20 anos talvez devessemos abrir o AGP para começarmos a perceber aquilo que aos olhos do comum mortal parece anormal.
Pois se a luz da Constituição cabe ao Estado manter a ordem, o que impede o Estado de manter a ordem? A incompetencia da propria Constituiçcao face ao AGP? O AGP foi consensual por aposição das assinaturas das partes. Te-lo-a sido a Constituição? Ou o imperialismo da maioria suplantou a necessidade de consenso?
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