Relatora especial das Nações Unidas para pobreza extrema e direitos humanos, Magdalena Sepúlveda Carmona esteve no país alguns dias, após o que opinou o seguinte segundo as versões digitais do "O País" aqui, do "Notícias" aqui e da "Rádio Moçambique" aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Ai Santa Madalena.
“é um facto inevitável que um número significativo de moçambicanos vive em situação de extrema privação e exclusão social. Portanto, os que se encontram em melhor situação na sociedade devem redobrar os seus esforços para garantir que todos possam ter uma vida digna, um objectivo que seja certamente alcançável mesmo com os recursos limitados do país”, disse.
Isto é retórica. Das mais baratas que se pode ouvir. Então desde quando é que o colonizador ajuda a libertar o colonizado e o rico subsidia a ascensão do pobre para a dignidade através de um tapete vermelho?
Para mim as constatações de diversos relatórios em relação ao estágio dos indicadores de desenvolvimento humano retratam uma independência deficitária. As diferenças entre ricos-quase todos novos- e pobres-sempre os mesmos- e o desiquilíbrio na distribuição de oportunidades fazem perceber que já estão criadas as condições para mais uma guerra civil em Moçambique. Certamente não desejável mas talvez necessária, talvez incontornável. A não ser que a vontade decisora se humanize a tempo.
Enviar um comentário