Tudo o que é palavra, acto e símbolo - artefactos sociais - tem de ser avaliado e libertado da pátina, de tudo aquilo que de alguma forma “oxidou” o gesto, o texto, o significado original. A pátina é completamente social e constituída por todo um conjunto de relações sociais assimétricas que foram plasmadas em tudo o que fazemos, dizemos, mexemos, etc. Por isso, nada do que vemos ou ouvimos é linear no sentido de que sempre as coisas foram assim ou inocentemente assim. O que nos surge nas entrevistas, nas respostas aos questionários, na observação quotidiana, tem de ser profundamente reorganizado, reavaliado, reaprofundado, numa escavação em profundidade, rigorosa, num exercício de decifração do evidente, do natural, do sempre-foi-assim.
2 comentários:
Certos temas e certos jornais são magníficos para este género de trabalho.
Tema habitual neste site...Precisamos duma análise permanente dos discursos dos líderes e dos seus intelectuais de serviço.
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