A nossa linguagem, especialmente a erudita, está cheia de coisas misteriosas. Por exemplo, falamos de condições sócio-económicas, como se de um lado tivéssemos o social e, do outro, o económico; falamos de condições sócio-culturais, como se tivéssemos, de um lado, o social e, do outro, o cultural; falamos de condições etno-linguísticas, como se, de um lado, tivéssemos a etnicidade e, do outro, as línguas. Claro que haverá sempre a possibilidade de argumentar que não se trata de mundos estanques, mas do reforço da complexidade do social através de partículas de um certo tipo. O que, claro, não evita a dicotomia. No fim de tudo, surge uma expressão genérica do género: condições económicas, políticas, culturais, étnicas...Etc.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Acertou no alvo.
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