20 abril 2013

Semiologia das ameaças políticas em Moçambique (12)

Décimo segundo e último número da série. Apresentei-vos três tipos de manifestações. Pedi-vos no primeiro número desta série que aceitasem que o meu tema específico era o conjunto de significações das ameaças políticas de um certo tipo surgidas em Moçambique, importando-me menos o discurso do poder do que o poder do discurso. No segundo número, coloquei esta pergunta: Que tipo de discurso? Respondi: não o discurso dos regentes do poder estatal, mas o discurso daqueles que o questionam e/ou o ameaçam. Ora, a hipótese é que, cada vez mais, a manifestação de rua surge no país, designadamente em certos meios urbanos, ao mesmo tempo como uma exigência de liberdade e como protesto político. O tamanho e a solidez da nossa democracia irão medir-se pela capacidade demonstrada em aceitá-la ou recusá-la.
(fim)

2 comentários:

nachingweya disse...

5 de Fevereiro,1&2 de Setembro, 3&4 de Abril são referencias incontornáveis para se avaliar o tamanho da nossa democracia.
O discurso oficial que remete toda analise do actual momento social para a interpretação do ordenamento jurídico vigente mais não está a produzir senão um paralelismo com os governos opressores do apartheid e do colonialismo em cujos ordenamentos jurídicos Mandela e Mondlane foram bandido e turra respectivamente.
Quando um Conselho de Ministros se barrica atrás de blindados temos todos que reflectir sobre a sua legitimidade democrática.
PS. 'Se uma pessoa te chama galinha, diz-lhe que é cega; Se duas pessoas te chamam galinha, diz-lhes que são tolas; mas se forem três as pessoas a afirmar que és galinha, agacha-te para ver se não cai um ovo' In filme a Marcha.

Salvador Langa disse...

Tem tanta FIR que realmente o país está mesmo FIRIDO.