21 fevereiro 2011

Socialismo ou barbárie no Egipto e mais além: questão em aberto

Extracto com tradução minha de um texto exemplarmente analítico, com o título em epígrafe, do antropólogo Christopher Carrico (blogue aqui): "O que realmente seria uma ameaça para os militares egípcios, para os interesses da política externa dos Estados Unidos, para o Estado de Israel, e para os poderes capitalistas estabecidos na região, não seria o surgimento de um novo partido extremista islâmico em aliança com os militares egípcios: isso foi simplesmente o status quo dos anos Mubarak. O que realmente seria uma ameaça para esses poderes estabelecidos é se a idéia do socialismo pegasse no mundo árabe, no mundo mediterrânico, no mundo islâmico em geral, no mundo europeu, e mais além. É por isso que Obama, o Departamento de Estado norte-americano, a mídia liberal capitalista, e os Estados capitalistas liberais do mundo, querem tão entusiasticmaente anunciar que já houve uma revolução no Egipto. Eles querem anunciar que a revolução já ocorreu, como uma forma de evitar fazer frente à perspectiva de uma verdadeira revolução: no Egipto, na Tunísia, na Argélia, no Iémen, em Marrocos. Se ela não parar por aí, quem poderá dizer que não virá para lugares como a França, ou mesmo a Alemanha ou o Reino Unido? Quem sabe quando acabará?" Para traduzir, aqui.

1 comentário:

Xiluva disse...

O tiro acertou em cheio no alvo!!!