30 dezembro 2009

A "ordem da natureza"

Um casal de homosexuais está detido no Malawi acusado de atentado ao pudor ao realizar pela primeira na história do país um casamento simbólico. Uma jurista disse que o casamento era ilegal e que o código penal protegia o que chamou "ordem da natureza". Confira a notícia em inglês no The Daily Times do Malawi (que usou a expressão "gay lovebirds") e em português na Angop.
Observação: fascinante expressão essa, a da "ordem da natureza". Entretanto, saiba do estigma e da penalização que recaem sobre a homosexualidade
aqui. A minha posição encontra-se aqui e aqui.

4 comentários:

Anónimo disse...

Interessante...nao conhecia essa designaçao...no Leste da Europa onde estive a estudar designava-se a actividade homosexual clinicamente como uma "aberaçao sexual"...mas olhem a ordem dos medicos(Portugueses) ha dias divulgou um parecer cientifico sobre o assunto ,pois o parlamento vai discutir sobre essa materia,por ca...assim vamos aprendendo!

ricardo disse...

Como heterossexual, observo atentamente a evolução do movimento Gay no mundo inteiro.

Desde São Francisco, nos anos 60, onde hoje 1 em cada 3 cidadãos são gays, o movimento expandiu-se e vai-se tornando num modus vivendi tão corriqueiro quanto os demais.

Algumas características importantes:

1- De um modo geral, o movimento gay tem uma aceitação maior em grupos populacionais de classe média-alta, por isso, ser tão popular na Europa, Américas e parte da Ásia;

2- É bastante aceite no meio intelectual, tendo nas academias seu foco de disseminação principal. Por isso, detentores de uma base de sustentação filosófica do seu modo de vida, que se renova a cada sobressalto no percurso inquisitório contra sí;

3- Tem conseguido influenciar politicamente, civicamente e até religiosamente a Humanidade com muitas ideias que permitiram evolucionar o mundo desde a antiguidade. Leonardo da Vinci é um excelente exemplo;

4- Conseguiu banalizar o conceito Casamento, no sentido da procriação e preservação da espécie Humana, desacreditando-o totalmente, porque em contraciclo com os princípios basilares da sociedade Capitalista de Consumo em que hoje todos vivemos. Provando que já somos governados por ideais gay;

5- Em termos morais, está relativamente comprovado que os gays são muito mais promíscuos entre sí do que os heterossexuais. Justamente, porque a questão MORAL nunca foi tabú para se revelarem na sociedade. Logo, uma colateralização inconsciente da sua definição original. Mas este pode ser um factor perturbador no combate ao HIV/SIDA e outras maleitas sociais. Conheço muitos exemplos em casas noturnas na cidade de Maputo, Beira, JHB, mas até em algumas séries televisivas (L-WORD)feitas por gays, onde isto é óbvio. Onde esse libertinismo é evidenciado, muitas vezes para criar impacto na sociedade, para mostrar que são mais "livres" que os outros que não cultivam seu comportamento ;

6- O acto emanicipatório da Mulher, moralmente aceite por sociedades avançadas, deu também ao movimento gay uma maior visibilidade. Converteu a união em casal gay, uma questão de estilo de vida mais adequado às circunstâncias actuais, (porque prático, flexível, descompromissado -> enfim, tão descartável como a Chiclet, o Kuduro, etc.) do que a mera PROCRIAÇÃO E AGREGADO FAMILIAR, que obriga a mais TEMPO e DINHEIRO que hoje, É O QUE ESCASSEIA nas sociedades mais avançadas, daí ser a questão da Natalidade, uma bóia de salvação universal na zona Euro por exemplo, o que hoje até obriga certos países a instituir subsídios de natalidade para os cidadãos voltarem a procriar, logo, a recuperar a definição original do Casamento;

7- Sempre atentos à esta onda inquisitória que os rodeia(as academias, pois claro!), e porque esta era a sua grande pecha, os gays adaptam-se. E da simples "união entre duas pessoas que se gostam", hoje já exigem a adopção e se possível, a geração de filhos, usando bancos de esperma e/ou barrigas de aluguer. Tudo científico, tudo esterilizado. Tudo consumista;

8- Mas, aceitando-se que a união de casais do mesmo sexo possa ter lugar, e a adopção de crianças por casais gay, temos aqui uma faca de dois gumes. Porque entenda-se, do mesmo modo que os gays reivindicam o reconhecimento dos seus direitos pela Humanidade. Nós também devemos começar a garantir a preservação dos nossos. E isso, inclui proteger crianças e jovens desfavorecidos, que sucumbem ao poder económico gay, e que passam a moldar o seu comportamento pelo exemplo de quem os sustenta. Afinal de contas, hetero e homo são duas realidades imiscíveis, como a água e o azeite. Podemos até caminhar lado a lado, mas sempre em linhas paralelas. E todos estamos conscientes que no final, apenas uma deverá prevalecer. Qual delas será?

Espero que seja a minha.

Anónimo disse...

O que dizes dos bissexuais?

ricardo disse...

O que é (realmente) um bissexual?!