11 dezembro 2009

(137) 11/12/09


O circense, exímio exibidor de capulanas e turbantes, Homo Sibindycus, teve mais uma ideia genial: propor à Frelimo que enquadre na sua governação alguns pontos do seu manifesto eleitoral. Confira aqui. Todavia, para que isso eventualmente aconteça um dia, é indispensável que, primeiro, surjam dentes nas galinhas.
Adenda às 6:11: vamos a ver quando o Conselho Constitucional se pronunciará sobre a validação dos resultados eleitorais, depois que considerou improcedente o pedido da Remano para se anularem as eleições.

6 comentários:

Anónimo disse...

O sr. Mabote (do PT), segundo o jornal Noticias adverte a Dlakama que as manifestacoes poderao resultar num banho de sangue. Isto faz-me pensar que, do ponto de vista do Mabote se isto acontecer a culpa toda sera do Dlakama porque acho que ele pensa que a policia tera o direito de matar. Por outro lado acho que o que o Mabote deveria defender e o direito a manifestacoes pacificas que todos nos por lei temos e nao amordacar esse direito com a chantagem de que se tal vier a acontecer a policia tera a legitimidade de disparar.

Por outro lado acho que o Mabote deveria e criticar a atitude belicista da policia que ilegalmente mantem o Dlakama em prisao domiciliaria. Ou o sr. Mabote nao acha que isso viola as liberdades e direitos do Dlakama? Ou isso nao tem importancia? Imagine, sr. Mabote que no dia em que deixar de lamber botas a policia estacione um carro 24/dia e lhe siga por todo lado onde vai. Sentir-se-ia bem?

O sr. Mabote deveria criticar o pronunciamento do Vice-Ministro do Interior. Apesar de nao ser surpriendente, se espera este tipo de pronunciamento de todos menos de um dirigente senior como e o caso de um vice-ministro.Lembram-se da do ex-ministro dos transportes que disse que nao sabia que seus filhos nao eram elegiveis as bolsas de empresas publicas? como e que esta gente chega a ocupar estes cargos?

Ha tambem uma grande contradicao nas declaracoes do sr. Mabote: por um lado diz que teme que haja banho de sangue por outro ja o seu "curandeiro" o disse que as manifestacoes nao terao aderentes. Se ninguem vai aderir de onde vira o sangue?

Elisio Leonardo disse...

Prof, tem um detalhe neste post: Estamos em África, e aqui tudo é possível.... Até surgirem dentes em galinhas!!!

Abdul Karim disse...

Basta o turbantoso descobrir o curandeiro do guebuza... aquele que deu banho na campanha.... o turbantoso pode conseguir ser primeiro ministro do novo governo de guebuza...

Concordo com Elisio...essas coisas nao se brincam...os cura-tudismos tem muita influencia politica...

Reflectindo disse...

Quem sabe? Sibindy e Mabote podem podem ser nomeados qualquer coisa para se fingir que é governo inclusivo. Vamos esperar para ver.

Linette Olofsson disse...

As manifestaçoes sao um direito consagrado na constituiçao e num estado de direito!
Deixem as pessoas manifestarem-se ordeiramente, estao no seu direito!
Essa dupla anda a procura do que nunca encontrará!
Fazem-nos divertir.
O teatro é de tao baixo nível,que nem de borla vale apena assistir.
Penso que chegou e sobrou vermos aquela cena em frente do comité central da frelimo onde Mabote a falava em nome do seu partido...
Sendo ele e sua esposa os únicos membros do PT presentes.
Assim vai a nossa "oposiçao" Moçambicana

ricardo disse...

A melhor resposta que se pode dar a essas manifestações de indulgência é a nossa indiferença.

Quanto mais destacarmos os feitos desses cavalheiros, mais poder mediático lhes iremos conceder, desviando-nos do que é realmente essencial discutir, nomeadamente o escrutínio permanente da governação no âmbito local, nacional e internacional.

Os nossos "vendilhões do Templo" usam as armas que podem para sobreviver. Também são chefes de família e têm contas de água e luz para pagar. E não sabem fazer mais nada na vida (nem sequer mandar cantar um cego), por isso, se não for com esses expedientes polítiqueiros...morrem de fome a caminhar na rua!...

Mas há muitos como eles, só que mais subtis, elegantes, refinados no estilo. Aparecem e desaparecem periodicamente com fama de empresários moçambicanos "new wave", metem-se no entretenimento, no desporto e porque nunca os vemos exuberantemente na política esquecemo-nos da sua contribuição decisiva na incubadora de Sibindycus, embora tenham um lugar cativo na revistas da "socialite".

Serão, estes, mais sérios?

Não. Muitos são é mandatários de estados estrangeiros para cobrar as dívidas que o estado Moçambicano não consegue pagar. Vemo-los por aí, a falirem tecnicamente empresas, hotéis, bancos e a levarem milhares para o desemprego em nome "do capacity building" ou do "black-empowerement", sem que nada lhes aconteça. Para depois privatizá-las e usar o dinheiro da venda patrimonial em benefício próprio e do estado que representam.

É desses sobre quem interessa falar. Por que esses é que contam no nosso bolso, hajam dentes, ou não, nas galinhas.