Já neste diário vos dei conta do comércio a longa distância de compatriotas nossas que vão a São Paulo e regressam carregadas de fardos de produtos comprados (recorde aqui). Ora, um dos meus leitores, o Kimmanel, chamou-me a atenção para um portal que fala sobre essa actividade no tocante também a Cabo verde e Angola, num trabalho com o título em epígrafe: "O comércio varejista brasileiro entra nas rotas das comerciantes africanas. Vindas de Cabo Verde, Moçambique e de Angola, elas se identificam com nossa moda, passeiam e não voltam pra casa sem ir ao cabeleireiro. Com jogo de cintura, essas mulheres driblam as dificuldades e seguem adiante movidas pela expectativa de uma vida melhor. A moçambicana Tânia Margarete Conceição, 21 anos, está cursando o primeiro ano de Direito. Vem para o Brasil até oito vezes por ano comprar roupas para revender em Maputo, capital de Moçambique e cidade onde vive. (...) Com o dinheiro das vendas ela paga a mensalidade da faculdade e as despesas particulares básicas. Investe a cada viagem, aproximadamente, 4 mil dólares em mercadorias variadas. E consegue 100% de lucro sobre o investimento."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
A necessidade aguça o engenho!
Haja criatividade.
O que me confunde um pouco é ser a moda a dar tão altos lucros. Futilidade? ou apenas o meio mais fácil de se obter lucro imediato?
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