15 maio 2009

Phdês

9 comentários:

Anónimo disse...

Ao Fernando Lima,

Caro Lima,

acho que comete um erro GRAVE! varios ate! vou enumera-los!

1- O Problema 'e que o Phd 'e um Phd, logo, so um Phd pode falar com um Phd (principio de discussao IGUALITARIA).

2- Para comentar sobre Phd, tem que se ser Phd tambem ( principio de discussao INCLUSIVA).

3- O Phd disse tudo que sabia, antes de lhe darem o titulo Phd, e quem lhe deu, tambem sabe porque lhe deu. entao o Phd nao precisa de pensar mais, porque ja pensou tudo antes de ser Phd (principio do SABER COMPROVADO).

4- voce pra criticar tem ser Phd, tem que saber criticar, e contrapor tanto que o proprio contraponto seja reconhecido como critica pelo Phd criticado (principio de IDEIAS CRITICAS).

5- Phd recebe salario, sem precisar de pensar. 'e Phd (principio de DOUTORAMENTO).

Portanto, favor de nao falar nos Phd's, esses sao para fazer estilo, irem para Joaquin Chissano de fato, surirem para os Jornalistas, e mais NADA.

ja fizeram tudo! sao Phd!

Anónimo disse...

Será que alguém pode me enviar este artigo na íntegra para o meu e-mail, seja em pdf ou noutra forma, visto estar no estrangeiro: viriato_caetano_dias@yahoo.com.br Eu só tenho a concordar com Fernando Lima, aliás já aqui tinha comentado este facto, agora digo de outra forma, eu acho que o que o país precisa não são de tractores, animais, jatrofas, etc precisa é de pessoas com gps mental, académico e intelectual para resolver os problemas que o país enfrenta. Os títulos, infelizmente, apesar de serem uma mais valia para o país, têm-nos mostrado o contrário, que só cria a separação entre os ditos doutores e o povo. Isto não pode continuar assim, Dr. Mataruca, um dos mais célebres professores de História em Nampula, disse um dia numa das suas palestras, que a maior parte dos estudantes estudam para o diploma, depois de colocarem gravatas e tirar fotos vão às montras das barracas exibir a musculatura económica que o Estado lhes paga com os nossos impostos.

Um abraço Fernando Lima.

Carlos Serra disse...

Viriato, importe o texto daqui mesmo, pelo "shared"...E mais tarde respondo ao seu email, está bem?

Anónimo disse...

Viriato, podes também consultar o SAVANA em www.savana.co.mz (entrando em colunistas).
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O.S.Marden, classifica o Homem em três grandes grupos:

1. "Os génios: não necessitam de educação. Auto-educam-se. Assim como Lincoln, nascem numa cabana sem mestre que os ensine, a potência das suas energias actualiza-se espontâneamente, vencendo quantos obstáculos se lhes deparam pelo caminho..."

2. "Os talentos: necessitam de educação e podem comparar-se aos diamantes em bruto que, para brilharem como jóia, requerem polimento e lapidação. Muitos não chegam a brilhar pela incompetência ou erro do lapidador".

3. "As vulgaridades: não podem, em verdade, dar mais do que aquilo que são ..."
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> Provavelmente muitos dos nossos talentos que chegam a Phd´s não chegam a brilhar, também, por "incompetência ou erro dos lapidadores"... impera um certo o facilitismo!
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AM

Anónimo disse...

entendido AM.

a culpa 'e sempre dos outros!

Viriato Dias disse...

Escrevo estas palavras para agradecer as dicas deixadas pelo professor Carlos Serra e anónimo, respectivamente (vide comentários anteriores). Agora mesmo vou aceder ao site do Savana, para ler na íntegra o aludido artigo.
Mais uma vez o meu agradecimento aos referenciados.

Obrigado

Carlos Serra disse...

Basta passar o "rato" por cima do extracto, clicar em qualquer lado na superfície clicada, entrar e importar o texto. Todavia, aqui segue ele, na íntegra:
Espinhos da Micaia
Por Fernando Lima
Phdês
Vi esta semana um anúncio com um número notável de professores-doutores e phdês alinhados para falarem na próxima conferência de cultura, à partida, um resultado notável do pós-independência.
Mas como o nosso país é feito de contrastes logo me veio à cabeça o estrambólico caso dos guerreiros orgónicos que querem mandar boas vibrações para o vale do Zambeze, tão fustigado nos últimos anos por catástrofes naturais e outras não tão naturais.
O meu cínico pensamento leva-me a pensar que com tão profuso número de phdês, já deveria ter havido um grupo de iluminados que tivesse feito uma pesquisa na internet e tirasse a pratos limpos quem são os lunáticos que, com umas centenas de cones de polyester pretendem livrar o país de maus olhados.
Eventualmente é um problema de polícia. Os phdês não têm particular apetência para se dedicar à investigação científica na área do crime, o que é mau e deixa o país menos preparado para enfrentar a chacota internacional.
Contudo, o problema poderá nem ser uma questão do saber acumulado por phdês. Uma inteligência mediana, poderá concluir sem grandes problemas, que, em Tete, sem grandes margens de dúvida, o maior pólo de conhecimento e sofisticação científica está concentrado na empresa que produz energia eléctrica a partir da barragem que, na versão securitária, poderia estar a ser alvo de uma sabotagem.
O bom senso, antes da capacidade acumulada dos phdês, sugeriria que à HCB(Hidroeléctrica de Cahora Bassa) fosse pedido auxílio para se conseguirem encontrar as respostas que a polícia procura há 23 dias.
O que me leva a um enorme cepticismo sobre a verborreia de títulos com que o modismo do momento assalta as nossas vidas cheias de dúvidas e lacunas de conhecimento.
E as minhas dúvidas não se circunscrevem aos mistérios das “bombas orgónicas”. A academia tem vivido uma persistente turbulência nos últimos meses. Tomando como base que os doutores em filosofia gravitam em torno da academia, é lícito ter a expectativa que estas pessoas de vestes prolixas, pomposas (e pouco africanas, dirão os puristas), questionassem os propósitos de planos e reformas curriculares. Umas quantas excepções não trazem a honra à ostentação de tantos títulos.
Um confrade, numa recente tertúlia de livres pensadores, argumentava de forma simples e directa, a aparente ausência de massa crítica entre todos estes titulados. “Enquanto eles não tiverem assegurado para casa um saco de arroz, para eles e para a sua família, esquece as críticas e os posicionamentos”. Será possivelmente o saco de arroz que justifica o trabalho assalariado de muitos phdês, não na academia mas nas ongês, compilando relatórios e outros misteres menores que bem poderiam ser feitos por outra classe profissional. É apenas uma pista. Como é outra pista virar as prioridades do ensino para a parte mais alargada da pirâmide.
Muitos corolários poderiam ser extraídos do drama do mistério de orgónio e o saber de que formalmente estão investidos todas as massas cinzentas que queimaram os neurónios no exterior para beneficiar o país do seu conhecimento.
Mas enquanto estivermos terrivelmente obcecados por títulos académicos, pelas siglas prefixas com que enfeitamos os nomes de família em folhas de papel com timbres oficiais, nem o orgónio, nem a revolução verde vão ter respostas tão cedo.
A internet não serve apenas para o trote lunático dos guerreiros etéricos. Há muito boa gente que ali contratualizou vistosos diplomas de ciências avulsas a partir de um cheque em moeda convertível.

Viriato Dias disse...

Agradeço-lhe professor pela atenção dispensada.

Meus cumprimentos e bom final de semana.

NB: Qual é o comentário que faz sobre este artigo?

Carlos Serra disse...

Bem, sou sempre pouco dialogador com os títulos...Mas em qualquer parte somos consumidores de títulos e tão mais vorazes quanto mais pequenos forem os meios onde vivemos.