13 dezembro 2007

Rank KPMG: Mozal no primeiro lugar

A KPMG divulgou hoje os resultados do seu estudo sobre dados financeiros das maiores empresas operando em Moçambique. Sem surpresa, o primeiro lugar foi atribuído no volume de negócios à Mozal, a multinacional do alumínio que concorre com mais de 50% do PIB do país, ficando Cabora-Bassa em segundo. Concorreram 230 empresas (Rádio Moçambique, noticiário das 19.30).

5 comentários:

Eugénio Chimbutane disse...

Como sempre! Tudo indica que MOZAL e HCB vão permanecer nessas posições por muito tempo.

Acho que os critérios para o ranking são problemáticos. Teoricamente, é possível que empresas que estejam a acumular prejuízos ao longo dos anos sejam as maiores do país.

A KPMG tem que desenvolver mais ponderadores de forma a premiar também as empresas lucrativas e rentáveis. E não se cingir no património, volume de negócios, número de trabalhadores, etc., visto que algumas empresas, sobretudo as 3 primeiras, devido à natureza dos negócios, tem que ter um património e volume de negócios estrondosos e um elevado número de trabalhadores, mas podem não ser rentáveis e não acrescentar valor aos seus proprietários e à economia. Sendo esses biliões de USD ou MT, mais um fumo nos olhos dos moçambicanos.

Este é um dos temas que prometi desenvolver em 2008: www.proeconomia.blogspot.com

Carlos Serra disse...

Obrigado pelo comnetário! Aguardo que desenvolva o tema!

Unknown disse...

Este é um tema que dá pano para muita manga. Subscrevo plenamente o comentário do Eugénio. As posições cimeiras da Mozal e da HCB, são uma tautologia. É um quadro que permanecerá inalterado por muito tempo, a não ser que flua para o país, investimento superior que a Mozal e HCB. Não tenho presente qual é volume anual das receitas previsionais do Vale do Rio Doce, mas tenho para mim, que a sua inclusão no relatório, vai provocar alguma mexida nos lugares cimeiros. Há muita regidez nas posições cimeiras do que nas nas últimas posições. Nestas, a dinâmica é maior porque se tratam de empresas que se ajustam plenamente ao contexto da economia de Moçambique, que é de micro, pequenas e médias empresas. Por isso, não são as primeiras posições que interessam estudar, mas sim, as últimas. Talvez alguém me possa responder as seguintes questões: (i) O que traduz o relatório das 100 maiores? Qual é o valor acrescentado que o relatório traz para o investidor, o decision maker e os demais stakeholders? São os maiores que nos interessam, ou os melhores? ou ambos? Se trocarmos o critério de classificação, de volume de negócios para o lucro, qual será o efeito sobre as classificações? Certamente os primeiros poderão ser os últimos. Qual é a pertinência deste relatório, numa economia em que predominam micros, pequenas e médias empresas ? Onde as maiores nem assumem o seu papel, que é de dinamizar a economia, através do seu efeito industrializante sobre as PME’s. Estas maiores são os que mais exportam, mas também, os que mais importam. Usam uma tecnologia de capital intensivo, logo empregam muito pouco. No final do dia, não ficaria surpreso se as maiores fossem as piores. O relatório vale pelo que é, mas é possível melhorá-lo; torná-lo mais dinâmico; mais analítico; transformá-lo num instrumento auxiliar para tomada de decisão. Enfim, continua a ser mais um relatório, e não o relatório.

Josué J. Muchanga

Carlos Serra disse...

Excelentes questões!

Eugénio Chimbutane disse...

Palmas para o JJM. Sem querer ser homem de promessas. Vou procurar responder/comentar as suas inquietações em 2008. Estou nas correrias típicas do fim do ano.

sdçs,