Segundo o semanário "Magazine Independente" de hoje, o governador de Inhambane, Francisco Meque, decidiu combater a feitiçaria e a inveja na província reforçando os poderes dos chefes tradicionais da província, exigindo em comícios que estes denunciem às instituições adequadas do Estado todos os jovens "que acusam os pais de feiticeiros e os que fingem que se enamoram de raparigas para as engravidarem e depois abandoná-las" (p. 10).
Perante tão castrense e populista medida, sem qualquer análise em profundidade da situação social que gera feitiçaria e inveja, ensejando um clima mackartista de consequências imprevisíveis, o governador Meque arrisca-se, entre outras consequências, a fazer aumentar as tensões sociais, as acusações de feitiçaria e o exército de invejosos, numa província onde as acusações de feitiçaria aparecem intimamente associadas à posse de coqueiros (estudei este campo).
Perante tão castrense e populista medida, sem qualquer análise em profundidade da situação social que gera feitiçaria e inveja, ensejando um clima mackartista de consequências imprevisíveis, o governador Meque arrisca-se, entre outras consequências, a fazer aumentar as tensões sociais, as acusações de feitiçaria e o exército de invejosos, numa província onde as acusações de feitiçaria aparecem intimamente associadas à posse de coqueiros (estudei este campo).
4 comentários:
interessante para mim seria entender o verdadeiro objectivo de Meque...
Creio que o verdadeiro obkectivo do governador é apenas um: combater feitiçaria e inveja, mas à maneira de um panzer.
"Na maneira de um panzer"... ai deve estar o verdadeiro objectivo... nao sei nao mas me parece muito fumo nos meus olhos....
Vamos a ver no que dá, mas em Inhambane tem muita gente (ARPAC, por exemplo) capaz de fazer um estudo primeiro.
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