11 dezembro 2007

Ontem e hoje: dois bancos assaltados

Voltou a Maputo o assalto espectacular. Assim, hoje, cinco indivíduos ainda não identificados, munidos de armas de fogo e fazendo-se transportar num Toyota, assaltaram a agência do Banco Internacional de Moçambique na Avenida de Angola, roubando uma enorme quantidade de dinheiro, além de dinheiro e celulares dos clientes (Rádio Moçambique, noticiário das 12.30 horas).
Este assalto segue-se ao que, ontem, foi feito à agência do Barclays Bank Moçambique no Bairro do Hulene (Rádio Moçambique, noticiário das 12.30).
A fisionomia criminal poderá alterar-se a partir do próximo ano face à integração regional - como defendi há dias em programa da Rádio Moçambique -, com uma maior agilidade e sofisticação das redes criminais, a diversificação das áreas de actuação e uma eventual entrada no xadrez de gangsters estrangeiros especializados.
Deixem-me, entretanto, dar a conhecer um dado que creio importante: num estudo divulgado este ano, ficou a saber-se que Moçambique possuia um rácio de 78 agentes da polícia por 100 mil habitantes, quando a média continental é de 180/100 mil (Fabrice Folio, La criminalité à Maputo, Mozambique : origine, distribution et répercussions spatiales, Cybergeo, Espace, Société, Territoire, article 380, mis en ligne le 2 juillet 2007).

7 comentários:

Anónimo disse...

Professor!
A situação é mesmo grave. o mais triste é k parece estarem determinados a contrariar o plano do Ministério do Interior de controlar o show dos criminosos até ao fim do ano. Jorge Saiete

Nelson disse...

"o plano do Ministério do Interior de controlar o show dos criminosos até ao fim do ano"

Já é muito bom que haja um plano no ministério do interior. Plano de "controlar o show dos criminosos" mas no meu modesto entender os bandido não pretendem contrariar plano algum. Estão roubando, assaltando, matando porque há facilidades para isso. Não penso que seja com intenção(determinados) a contrariar seja lá qual for o plano. Que a acção dos bandidos conviva com o tal plano de controlá-los, me obriga a encontrar fragilidades no tal plano...

Carlos Serra disse...

Acrescentei um parágrafo a vermelho.

Anónimo disse...

Viva Nelson!
Facilidades parecem existirem mesmo! quero acreditar k quando o Ministerio do Interior fala em plano para controlar o crime, refe-se ao aperto do cerco ou limitação de tais facilidade.
Não há duvida k há fragilidades nesse plano,pois se não houvessem, não teriamos esse recrudecimento dos assaltos aos bancos e não só!

Ah, o que o professor diz subscrevo. é que a integração regional é isso mesmo. intergração de mercados, de economias e da criminalidade.
Jorge Saiete

Carlos Serra disse...

Acrescentei novo parágrafo.

Nelson disse...

Opá...não tinha reparado para esse lado da integração regional...

Bayano Valy disse...

O que voces esperavam? Os criminosos também precisam de passar as festas de forma condigna, não?