Se na revolução se empregavam termos e expressões como "burguesia", «aliança operário-camponesa», «capitalismo», «luta de classes», "inimigo", «exploração do homem pelo homem», «contradições», «obscurantismo», "vencer o subdesenvolvimento numa década ", etc., hoje, com o neo-liberalismo, a arquitectura representacional tem novo rosto: «homem moçambicano», «sociedade civil», «género», «parceiros sociais», «agentes económicos», «economia de mercado», "globalização", «grupos vulneráveis», «tradições", "combate à pobreza absoluta", etc.
De uma categorização vertical, agressiva, guerreira, passámos a uma categorização horizontal, inócua, diluidora do conflito, de pantufas.
Falta ainda fazer o estudo dessa mudança.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Eh! Como diz o outro, tudo ja teria sido dito, se as palavras nao tivessem mudado de sentido e o sentido de ideias ...
Pois claro...Abraço.
Enviar um comentário