O jornalista Fernando Gonçalves, editor do "Savana", escreveu uma excelente crónica para a edição de hoje do semanário. O seu argumento é o seguinte: não compete aos sindicatos sentaram-se anualmente a uma mesa para negociar com o Governo (o maior empregador do país) e com as empresas, o salário a pagar aos trabalhadores. Eles devem abandonar o actual figurino negocial e, palavras suas, a (des) concertação social. Pelo contrário, os sindicatos devem constituir-se como força de prestígio lutando por outros meios, pela pressão junto dos empregadores e, em última análise, pela paralisação do trabalho.
O jornalista tem razão: é na mesa negocial que os sindicatos se esvaem, devorados pelos leões.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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