18 maio 2010

Prossegue seminário do CODESRIA no CEA


4 comentários:

Abdul Karim disse...

'E impressao minha, ou o seminario esta ganhar ritmo ?

Se sim 'e muito bom, pois um dos nossos grandes problemas tem sido exactamente o facto de os politicos e a sociedade em geral estar apenas a considerar indicadores quantitativos. e ai pra nao mencionar que os mesmo indicadores quantitativos servem para deturpar a realidade.

Por exemplo o PIB que 'e quantitativo,

Desculpem a interferencia e ate a ignorancia, mas por exemplo, quando falamos de pobreza e rendimento de US$ 1 / dia tambem 'e quantitativo,
e ai aquestao que se coloca 'e na india ou na china, US$ 1 / dia da pra um nivel superior de vida do que o mesmo US$ 1/ dia na Africa por exemplo. uma vez que este indicador US$ 1/dia 'e apenas um indicador quantitativo usado pelas instituicoes mundiais para determinar o nivel de pobreza, mas nao determina a qualidade de vida obtida com o mesmo US$ 1/dia em areas e espacos diferentes do globo em funcao as especificidades de cada regiao em causa.
Ate pelos servicos adicionais gratuitos e a estrutura da propria economia em questao.

Por exemplo na questao da educacao, fala-se de X escolas, Y alunos e Z professores, mas nunca se fala de que as criancas nao tem carteiras, as escolas nao tem energia e os professores nao tem formacao e salario, o que interfere directamente na qualidade do ensino e consequente produtividade do professor e aluno, originando dai situacoes imprevisiveis pra todos.

Entao sera que este semenario preve tambem a forma de substituir as pesquisas quantitativas por qualitativas ou introduzi-las em paralelo com as quantitativas, de modo que os que tomam decisoes criticas ao nivel de centros de poder africanos passem a considerar tambem os indicadores qualitativos ao invez de padroes pre-estabelecidos e apenas quantitativos, muitas vezes impostos por modelos nao apropriados para realidades africanas ?

A pergunda surge pelo facto de existir uma distancia entre o objecto de estudo ,e a sua utilidade pratica, considerando as expecificidades do contexto academico e politico africano.

Desculpem a questao e ate ignarancia minha talvez, se calhar estou a tentar navegar em aguas profundas e ondas gigantes , com um bote sem remos.

Unknown disse...

Não Abdul Karim creio que os investigadores sociais devem ter em mente estas questões legítimas, o que é também um facto no caso de Moçambique é as decisões ou são políticas ou económicas, nunca as prioridades são definida por meras razões sociais!

Por exemplo não é pertinete uma estrada asfaltada para Manjacaze porque não há viabilidade económica mas lá vive milhares de Moçambicanos que precisão de ligarem-se ao País inteiro. portanto as pesquisas devem ser mais críticas ainda.

Abdul Karim disse...

Chacate,

As questoes economicas tambem estao com uma margem de erro enorme por os indicadores serem apenas quantitativos, e desajustados a realidade africana,

E se as ciencias sociais nao puderem determinar a importancia do social na economia, entao certamente nao estaremos a falar de economia, estaremos provavelmente a falar de financas so, sem a componente social.

Concordo que as ciencias sociais devem ser mais criticas, mas a questao que coloco 'e a validade das criticas no contexto academico e politico africano.

Sera que os politicos africanos ligam a estas criticas dos academicos do social ?

Sera que todo o trabalho feito por academicos sociais africanos 'e aproveitado pelos fazedores de politicas africanas a fim de beneficiarem o social africano, incluindo a economia de Africa ?

E se nao 'e aproveitado, entao que formas devem ser adotadas pelos academicos africanos para que possam fazer valer as suas investigacoes, conclusoes e criticas num ambiente hostil politico para o aproveitamento racional do seu proprio trabalho ?

Na minha modesta opiniao a Africa deve criar e buscar modelos de desenvolvimento adequados 'a sua realidade, e os politicos devem dar espaco para que os academicos proponham e apliquem solucoes de problemas para os quais trabalharam.

E, enquanto a Africa nao der espaco 'a inovacao , criatividade, conhecimento, entao nao podera resolver os seus problemas, porque mina 'a partida todos os recursos possiveis de desenvolver solucoes para si propria.

V. Dias disse...

Visto.

Zicomo