14 maio 2010

Magermane

Vamos a ver quando surge um dia no nosso país um real estudo sobre os Magermane, o mais antigo e persistente movimento social. Não um estudo sobre se estão ou não errados no que reinvidicam, não um estudo para os execrar ou louvar, mas um estudo em profundidade sobre a sua trajectória, sobre a luta pela aceitação da sua historicidade, sobre a auto-construção que se fazem, sobre a visão social que possuem, sobre, enfim, o impacto social do seu projecto emancipatório. Sei que existem estudos sobre eles. Mas, tanto quanto julgo saber, nenhum estruturado nas linhas que proponho.

5 comentários:

Linette Olofsson disse...

A coragem e determinação deste grupo social, é de louvar!

Estão a lutar pelo que tem de direito!

Abdul Karim disse...

Os Magermanes estao a dar-nos uma Licao de Coragem e Persistencia na luta pela conquista dos seus direitos.

Triste que so a PRM ou FIR 'e lhes dao "atencao e mimos", enquanto os pancudos e as gulopotamos continuam na festa da gula.

V. Dias disse...

Venha daí esse estudo professor.

Zicomo

Tomás Queface disse...

Coloquei no meu blog fotos em slide e uma reflexao a respito deles. http://tomasdaniel.blogspot.com/2010/05/os-madjermanes-e-infinita-injustica.html

Hector Guerra disse...

Caro Professor, Sou Hector Guerra,sou chileno e não brasileiro,mas isso não é de importância. O senhor colocou tempo atrais no blog do senhor um velho artigo meu para leitura. Aquele artigo foi apenas uma leitura do encontrado na minha primeira estadia de campo em 2007, devo dizer que esse artigo precisa de muita atualização. Enfim, em novembro pretendo defender meu doutorado: “Ma(d)germane: passado colonial e presente diasporizado. Reconstrução etnográfica de um dos últimos vestígios do socialismo colonial europeu”. O título foi concebido em 2005 quando ainda vivia em Alemanha e começava esta aventura. Certamente terei que transformá-lo depois de toda a informação acumulada durante estes últimos anos, trabalhando com meus colegas Magermane. Nele pretendo atingir o desejo manifestado pelo senhor neste post. Não sei mesmo se conseguirei,mas de uma coisa estou convencido, depois desta tese espero contribuir para que esse debate que o senhor esta querendo propor, seja mais abrangente e que finalmente algum intelectual moçambicano dedique o tempo necessário para ir ao encontro deste grupo dinâmico e complexo, mas por sobretudo tão rico em propostas de analise social,propostas que acho pertinentes para se pensar o Moçambique 35 anos após seu nascimento.