15 maio 2010

Dossier "Savana"

Queira consultar um dossier com peças do semanário "Savana" de 14/05/2010, aqui.

4 comentários:

Abdul Karim disse...

Machado da Graca faz uma sintese muito interessante,

O que coloca de novo a velha questao de termos que estabelecer objectivos serios, claros e tangiveis,

Mas isso 'e algo que provavelmente nao queremos, ou se queremos, o queremos atravez de consulturias externas, porque causa dos in-flows financeiros do AID, pras contas bancarias gorduchas.

De discurso de pobreza em probreza de espirito, la vamos nos minguando, sem solucoes, com a barriga cheia de falacao, e agora com pobreza na cabeca.

vamos deixa-los discursar, ate se cansarem, e quando quizerem hao-de pedir, porque quanto mais nos oferecemos para ajudar, mais nos desconsideram.

Nao trabalham e nem deixam trabalhar, nao salvam e nem deixam salvar, afogam-se e querem todos afogados tambem.

Fazer o que ?

V. Dias disse...

1. Já há alguns empregadores portugueses a pedirem candidatos 'anti-bolonha', situação que levou alguma imprensa local a debitar "rajadas de tiros" contra essas empresas. Dizem os empregadores que os doutores de Bolonha não têm compentência. São papas maizenas. De facto, para Portugal que se apressou a apanhar à boleia da França e de outros paíeses desenvolvidos, o processo de Bolanha é um fiasco.

2.No caso do diferendo entre o ministro Zeferino e o padre Couto tenho a dizer duas coisas: ambos estão certos. Se por um lado a reforma é necessária, por outro, não basta reformular leis, conduta, etc., para permanecer no mesmo. Um 'pentium II' por mais que acabes com os vírus existentes, há-de sempre acusar cansanço.

E então qual é a solução: apostar mais nos profesores, nos problemas técnicos, no défice dos equipamentos, na reforma das mentes, etc., deixando para o último lugar a reforma das leis. Em cada cinco anos há reformas. Basta mudar de ministros, reitores, directores, etc;, há reformas. Que reformas? Nada do concreto. Sou obrigado a citar Saraiva "ISTO DE ESCOLAS NÃO SÃO AS PAREDES, SÃO OS PROFESSORES."

3. O "diferendo" entre Pio Matos e Itai Meque, é um aviso à navegação para a Frelimo. Os congressos da Frelimo já não estão a trazer produtividade esperada. Como o chefe de Estado dividiu as épocas em gerações, os nossos "bosses" estão preocupado em comer por conta de duas ou mais gerações sob pena de ver o comboio passar. E bem dizia António Guterres "O COMBOIO DA FELICIDADE PASSA UMA ÚNICA VEZ PELA ESTACÃO DA NOSSA VIDA." Guebuza que esperava em 2005 ver multiplicar-se "pequenos guebuzas", enganou-se. As "alas do seu partido" vão saindo da toca.

4. Machado da Graça foi bestial. É aquilo que tenho dito. Não há progresso nenhum que motive o lançamento de foguetes e dizer que o Estado da Nação é Bom, quando os indicadores da pobreza, etc., já bateram ao fundo. Solução: os 4 anos e meio anos que restam a Guebuza devem ser de luta, de vida ou de morte, de limpar à casa, correr com os fracos, afastar os corruptos, descentralizar o poder, levar alguns ministérios/ministros às províncias, caso contrário, corre riscos de ser recordado pelas piores razões.

Zicomo

Abdul Karim disse...

Viriato,

Em relacao aos teus 4 pontos:

1- O problema provavelmente seja copiarmos sempre modelos falhados, copiamos bolonha que agora ve-se que 'e um fiasco e copiamos UE, que para nos 'e SADC e nao condicoes de funcionar, entao se calhar criar um think-tank mocambicano, para gerar solucoes nossas e para nos, buscando intelectuais e academicos que estao nas prateleiras a apanhar poeira por serem macuas, xingondos, mulungos, mulatos, etc. refiro-me a unidade nacional de verdade, nao a aquela ponte de unidade regional com tanzania a que decidimos chamar unidade nacional.

2- O diferendo entre o reitor e ministro continua sendo do tecto da casa, quando a fundacao ( a primaria ) continua com problemas de todos os tipos principalmente Professores e livros. que tal se comecassemos a construir a casa apartir da fundacao e nao pelo tecto ?

3- isso 'e um problema da frelimo, criado por si mesmo ( frelimo ) , a frelimo 'e que fez, frelimo 'e que faz, entao a frelimo ha-de resolver tambem, nao me interessa entrar em questoes partidarias internas, ate porque levo pouco jeito pra politico e isso ja viste tambem. Minha area 'e Causas Humanitarias ( pobreza como prioridade ) , Gestao e Propriedade Intelectual essencialmente. onde ja nessas areas to com problemas ate aos cabelos.

4- combate a corrupcao, tirar os corruptos, correr com os fracos , limpar a casa, etc. quem deve fazer ? quem nomeou esses todos ? quem adulterou as estatisticas ?
agora se os resultados ja bateram ao fundo ou nao, tambem 'e dificil de dizer, pois na minha opiniao so vao bater no fundo, quando ao nivel de topo se admitir que se falhou, quando se continua a apregoar sucesso, e se afirma a todos os pulmoes que se vai manter a estrategia vencedora, entao nao se chegou ao fundo.
'e outra estoria que o fundo para mim e para ti, seja diferente do fundo para os dirigentes. enquanto que nos falamos do fundo do buraco, para os direntes fundo so tem significado dinheiro exp: fundo de ajuda a probreza dado pelos doadores.

Nao 'e ?

Reflectindo disse...

"Segundo as fontes, Zeferino e Chilundo visitaram algumas faculdades, tendo depois reunido com os órgãos colegiais da UEM, nomeadamente o Conselho dos Directores, o Académico e o Conselho Universitário. Em frente ao Reitor Filipe Couto, o Ministro Zeferino Martins encorajou os docentes universitários a colocarem em cima da mesa os seus problemas, nomeadamente a questão da reforma curricular....No encontro com Zeferino Martins, vários docentes pronunciaram-se sobre vários problemas na UEM, incluindo a questão da reforma curricular que deixou o Reitor irritadíssimo. Couto terá dito que as reformas são para continuar, abrindo um campo de confrontações com Zeferino Martins que pretende ver aprofundadas as reflexões sobre esta matéria.
"(sic)

Porquê o meu conterrêneo (Filipe Couto) ficou/fica irritado se bem que Seferino Martins não trouxe decisões do bolso mas auscultou e encorajou os docentes da UEM a serem abertos para com as questões vitais da instituicão? Mesmo implementado o processo Bolonha, espera Couto algum sucesso sem algum engajamento dos docentes?