12 dezembro 2007

Nem centros de ajuda nem freiras escapam

Facas apontadas às gargantas de freiras e ajudantes, ameaças, agressões, o roubo dos dois únicos computadores existentes, de dinheiro, de duas máquinas fotográficas e de outros objectos - eis o resultado de um assalto efectuado quinta-feira, sensivelmente às 19 horas, por indivíduos não identificados, ao Centro das Irmãs Hospitaleiras, Bairro das Mahotas, periferia da cidade de Maputo. O Centro recebe e cuida de crianças com deficiências diversas, inclusindo mentais, sobrevive com grandes dificuldades financeiras, mas tudo faz para ajudar quem sofre. O facto foi comunicado à polícia, mas até hoje nenhum polícia se deslocou ao Centro, de acordo com uma freira com quem falei por telefone cerca das 19.30.
Acabei de comunicar este triste facto ao Vice-Ministro do Interior e a um vice-chefe de redacção do jornal "Notícias".

4 comentários:

Anónimo disse...

O PROCESSO QUE CORRE CORRE CONTRA O JUIZ/PROCURADOR PAULINO DEVE SER BASTANTE CELERE A BEM DA IMAGEM DO ESTADO.
ENQUANTO OS FACTOS NAO FOREM ESCLARECIDOS SEMPRE FICIRA AQUELA DESCONFIANCA

Carlos Serra disse...

Penso que o comentário foi colocado por lapso nesta postagem...

Anónimo disse...

Este é o dia a dia da nossa polícia. Fui assaltado na madrugada do dia 3 de Dezembro na minha casa no bairro de Mavalane. 3.30 fui a esquadra mais próxima. Os polícias estavam a dormir. Participei o assalto e informaram-me simplesmente que a ocorrência estava registada.

Nenhum deles se dignou a vir comigo até a minha casa. Até que a questão de transporte não se punha porque eu ia no meu carro. O único polícia que pôs os pés em minha casa foi um amigo meu que nada podia fazer 16 horas depois do assalto.

6 dias depois (sexta feira 7 de Dezembro) minha esposa me liga assustada (19H) porque há intrusos no quintal (acabadva de a deixar em casa e ainda estava nas redondezas) volto a 1000 a hora ao entrar UM foge saltando o murro para casa do vizinho que tenta o segurar sem sucesso e depois vem a minha casa e me ajuda a segurar o que n tinha conseguido escapar: levamo-lo a mesma esquadra.

Passo sábado e dizem que me vão chamar. Anuncio que tenho que viajar a Xai-xai para tratar de assuntos particulares e me dizem Vá sossegado.

Regresso e o individuo já não está na ESQUADRA. JUSTIFICAÇÃO: a família veio e disse que ele sofria de perturbações mentais.

Quem provou se isso era verdade ou não? Ninguém. A verdade é que vivo ameaçado. E a polícia CONTINUA A DORMIR. OS meus bens se foram e não tenho esperança de os recuperar. O celular ainda conto com os bons préstimos da MCEL para restreá-lo assim que o incauto comprador o puser a funcionar.

Assim vai a nossa bófia.

Egídio Matsinhe

Carlos Serra disse...

Uma tristeza o que conta.