Comentário: descrita pelo bissemanário O Nacalense, edição 125 com data de hoje da versão electrónica, p. 2, esta é uma situação preocupante e humilhante que requer uma imediata inspeção (amplie a imagem em epígrafe clicando sobre ela com o lado esquerdo do rato). Porém, deveremos da mesma forma estar atentos a todas aquelas situações em que os torturadores somos nós próprios, em que os estrangeiros somos nós próprios em fenómenos encobertos por situações consideradas normais e naturais. Pense-se, por exemplo, no trabalho infantil, no emprego informal, no atendimento em certas unidades hospitalares, nos transportes por chapa, etc.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Ora nem mais.
Era ainda PM o Excelentíssimo Dr Mocumbi quando os trabalhadores da Mozal apelaram a ele para intervir por causa de conflitos laborais. Lembram-se do que ele disse? Que em Moçambique as Zonas Francas como a de Beloluane se regiam por legislação específica própria (quase privada), não cabendo, por contrato, ao executivo intervir. Ora, Nacala é uma destas zonas destinadas ao desenvolvimento acelerado. O que será que o governo assinou com os indianos e tanzanianos?
Mais, se estes compatriotas não se contentam com o trabalho que têm, que lhes restará? Empurrar tchova?
É caso para perguntar o que é melhor entre ser escravo e progredir voluntariamente para animal de tracção.
Não há um ano os trabalhadores da MAEVA disseram às autoridades que preferiam a escravatura pedindo ao patrão que perdoasse a boa da ministra que não sabe e não sente de que trata a realidade dos moçambicanos.
Políticas de libertação do homem precisam-se.
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