05 outubro 2011

Um texto de Samora Machel (8)

Prosseguindo a série. Hoje os momentos são outros, a roda da história parece ter outra história, as maneiras por que se lê e se analisa o que se passa utiliza estradas diferentes. Tenho para mim que não é má ideia recordar extractos de um texto de Samora Machel e retomar contacto com categorias analíticas que parecem perdidas, num país como o nosso onde é cada vez mais forte a presença do Capital internacional e, em particular, do Capital mineiro (clique na imagem abaixo com o lado esquerdo do rato para a ampliar) - preste atenção à expressão "escândalo geológico de Tete" (sexto parágrafo):
Referência: Machel, Samora Moisés, O processo da revolução democrática popular em Moçambique (1970?). Maputo: Departamento de Informação e Propaganda, 1976, in Colecção estudos e orientações, Instituto Nacional do Livro e Disco, 1980, 78 pp.
(continua)

9 comentários:

Salvador Langa disse...

Tal como as coisas estão agora em Tete, que mais falta?

BMatsombe disse...

Radiografia completa.

ricardo disse...

Pois sim. Mas o que nos propos o seu autor, alem de guias de marcha para o diabolicos capitalistas? Ainda nao vi nada de extraordinario nos textos, que nao fosse a constatacao de um ou varios problemas. A isso chama-se retorica. E excelente na politica. E inocuo na economia real, porque nao enche o estomago de quem as le.

TaCuba disse...

Retórica popularucha é o Sr Ricardo saltar fora do discurso de Machel. Machel mostra como o capitalismo internacional actuava. Quanto à economia "real", é evidente que enche a pança e até extravasa, tanto assim é que o desemprego é cada vez maior no planeta e lá nas cidades americanas a malta anda doida de amores por ela e por Wall Street.

Anónimo disse...

> Ontem, como hoje e amanhã os grandes empreendimentos serão sempre controlados por quem tem capital.

> Não basta ter recursos naturais: é essencial ter capital financeiro, know-how e domínio dos mercados, para se transformarem os recursos em Activos rentáveis;

> Todos os recursos, agrícolas, florestais, pesqueiros, faunísticos e minerais, estiveram à disposição do governo de Machel... As empresas estatais não resultaram: não, não foi apenas culpa da "guerra civil". Também não resultaram na URSS, RDA, Cuba, etc., etc.

> Do dizer (fazer diagnósticos) ao fazer - vai uma enormíssima distância!

> Samora realizou o sonho de nos trazer a independência nacional (e todos lhe estaremos eternamente gratos; talvez por isso lhe toleramos os factores negativos (e foram muitos) da sua governação). MAS, ao partir deixou-nos um país fragilizado e rendido à inevitabilidade do abandono da ilusão socialista e ao abraço à economia de mercado.

ricardo disse...

Et voila! Um "cubano" perdido em Havana ajudando a missa de seu Fidel amigo...Se aquela e a face verdadeira do diabolico capitalismo na "pena" do adivinho politico Samora, entao qual foi verdadeira face do santificado comunismo que eles nos legou?

A menos que o post em questao, seja dirigido a celula Machelista da FRELIMO do blogue. Mas, nesse caso, o sr. Professor poderia ter-nos esclarecido logo de inicio, para que a discussao ficasse como habitualmente em "familia"!

Porque Sinai ainda e nome de deserto. Disso estou seguramente certo.

TaCuba disse...

Mas oh Sr Ricardo logo que abandonar um pouco os fantasmas cubanos e machelistas pergunte o que quer dizer "ta cuba" em shangan.

ricardo disse...

Tanto pior. Nao sou do imperio de Gaza...

Explique-me V.Excia.

TaCuba disse...

Meu caro sr, rogo-lhe que aprenda a pescar.