Se é o homem é a medida de todas as coisas, a política é a medida de todos os heróis.
Vamos lá então avançar um pouco nesta encruzilhada samoriana.
Perguntei-me e perguntei-vos anteriormente quantos prismas é possível adoptar no tocante a Samora Machel, ícone nacional este ano tornado modelo político. E perguntei-me e perguntei-vos por quê.
Prossigo na abordagem do prisma social inconveniente, aquele que salienta o transformador social que habitava Samora.
Mudar as relações sociais, torná-las mais colectivas e solidárias, dotar o Moçambique pós-independência de um perfil social diferente do colonial, cortar o cordão umbilical do passado (lembro a intensidade utópica colocada na apologia do homem novo, especialmente nos anos 70 do século passado) - esse o protocolo doutrinário geral do grupo hegemónico da Frelimo, protocolo que figura em textos de Mondlane e Samora, especialmente deste, com embriões nas chamadas áreas libertadas da luta de libertação e que se procurou, depois, introduzir em todo o país a partir da independência nacional em 1975, em meio aos três fenómenos que sugeri no número anterior desta série (intransigência de princípios, desconfiança permanente e teorização sistemática do inimigo).
Prossigo mais tarde (crédito da foto aqui).
Vamos lá então avançar um pouco nesta encruzilhada samoriana.
Perguntei-me e perguntei-vos anteriormente quantos prismas é possível adoptar no tocante a Samora Machel, ícone nacional este ano tornado modelo político. E perguntei-me e perguntei-vos por quê.
Prossigo na abordagem do prisma social inconveniente, aquele que salienta o transformador social que habitava Samora.
Mudar as relações sociais, torná-las mais colectivas e solidárias, dotar o Moçambique pós-independência de um perfil social diferente do colonial, cortar o cordão umbilical do passado (lembro a intensidade utópica colocada na apologia do homem novo, especialmente nos anos 70 do século passado) - esse o protocolo doutrinário geral do grupo hegemónico da Frelimo, protocolo que figura em textos de Mondlane e Samora, especialmente deste, com embriões nas chamadas áreas libertadas da luta de libertação e que se procurou, depois, introduzir em todo o país a partir da independência nacional em 1975, em meio aos três fenómenos que sugeri no número anterior desta série (intransigência de princípios, desconfiança permanente e teorização sistemática do inimigo).
Prossigo mais tarde (crédito da foto aqui).
(continua)
1 comentário:
Acho a nivel teorico estave Bem,
A implementacao foi desastroza, e pior ainda 'e que parece que nao se apreendeu nada com o desastre,
Tanto mais que se pretende "reactivar" o desastre da implementacao, e nao corrigi-lo,
Principalmente quando ouvimos hoje de "centros de reeducacao", de novo "reacionarios", e mantemos ou reforcamos a "exploracao do homem pelo homem",
O "homem novo" era educado, solidario e patriota, e nao conseguiu sequer nascer, pois o que nasceu, 'e o que temos hoje, a vista, oco, sem valores, sem moral, e sem educacao, rancoroso, invejoso, doente, pobre, miseravel e pior ainda, achando se rico.
Se o Machel estava errado, a actual frelimo esta ainda mais errada, e na completa perdicao.
Se Machel cometeu erros, teve entao a Grandeza de tentar rectifica-los, a actual frelimo erra, e nem sinal de correccao ou ate nem a minima consciencia do erro que esta a cometer,
Completa perdicao.
Enviar um comentário