Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
31 janeiro 2010
Prismas
Feiticismo
Sobre rastilhos xenófobos (4)
30 janeiro 2010
Raça, racismo, identidade e etnia
Leite para o HCB
Criminalização da pobreza
Sobre rastilhos xenófobos (3)
O texto constante da imagem em epígrafe mostra, ainda que incompleto, a complexidade de um fenómeno que pode, muito rapidamente, gerar um sismo xenófobo caso não saibamos lidar com ele, que pode passar da xenofobia passiva para a activa, que pode levar à projecção no estrangeiro da responsabilidade total pelas dificuldades de vida enfrentadas pelos locais.
Em vários trabalhos procurei, já, neste diário, mostrar a forma como produzimos negativamente o Outro, por que e como o diabolizamos, o primeiro dos quais postado em 2008 com o título Os efeitos da borboleta social na África Austral (aqui). Recordo, ainda, as minhas séries com os títulos O papão "nigeriano" que deixa vermes nas mulheres em Maputo, Eles e nós: representações sociais num bairro de Maputo e Notas sobre xenofobia, respectivamente aqui, aqui e aqui.
Chuva torrencial em Quelimane
"Tudo e nada: a aposta do capital em Moçambique"
29 janeiro 2010
Sintam
algemei as sombras
para que o sol se pudesse vestir
semeei os instantes no futuro
para que o tempo pudesse nascer
colei o rio no horizonte
para que as margens pudessem repousar
inventei o Índico
para que as acácias pudessem florir
fiz-me habitar este poema
para que soubesses que existo
(Carlos Serra)
Zardari, o precavido
Azagaia criou blogue
Fórum Social Mundial
Sobre rastilhos xenófobos (2)
Pelos corredores do poder (10)
Tenho escrito muito neste diário - e em alguns dos meus livros - sobre poder, poder político, relações de poder e recursos de poder. Aqui e a terminar, apenas dizer o seguinte:
Quem detém o poder político tudo fará para travar o acesso dos adversários, não importa por que meio, a que nível e onde, tudo fará para convencer sobre a naturalidade do usufruto desse poder, para tornar universais os interesses particulares, evacuando a história da história, procurando anestesiar as mentes, protegendo duramente o seu território de recursos de poder. O almoço proposto por Guebuza não foi uma vírgula nesse interim, foi, apenas, mais um momento político total.
Nesta etapa histórica, o partido no poder não precisa de fazer alianças, absolutamente não precisa dos outros partidos para sobreviver. São estes, muitos deles (designadamente os pequenos cavalos de tróia e os gelatinosos-hibernadores), que dele precisam para sobreviver, que dele precisam para fundos eleitorais, que dele precisam para alianças.
Portanto, aos reais partidos da oposição só resta a luta.
Como escreveu alguém, em comentário num dos números desta série, poder político não se dá, não se oferece, conquista-se. Os meios de luta são diversos, apreciamos uns, desdenhamos outros, consoante a nossa posição e o nosso prisma.
A "hora do fecho" no "Savana"
* Se uns chegaram aos lugares de topo, outros estão meio amuados com a falta de gás e oportunidade que não tiveram. Fala-se de um mediático deputado jovem que espreitava a juventude e desportos, posto também cobiçado pelo deputado das mãos invisíveis. Um ex-pp de livro publicado recentemente continua sem tacho com visibilidade e um homem cheio de vento e ambição parou numa comissão parlamentar. É a vida ...
28 janeiro 2010
Economia política da água
Roubo do desenvolvimento
Sobre rastilhos xenófobos (1)
Na imagem, o recorte de parte de uma reportagem escrita pelo jornalista Sérgio Macuácua do jornal "Público", ocupando as páginas 16-17. Na sequência desta série, retomarei algumas questões que já foram por mim abordadas nas séries com os títulos Eles e nós: representações sociais num bairro de Maputo e Notas sobre xenofobia, respectivamente aqui e aqui. Clique com o lado esquerdo do rato sobre a imagem para a ampliar.
Brevemente aqui a grande manchete do "Savana"
Dois linchados este mês
"Curiosidades"
65 anos da libertação de Auschwitz
A 27 de Janeiro de 1945 (aniversário ontem), foi libertado o maior campo nazista de extermínio: Auschwitz-Birkenau, mais de um milhão de pessoas assassinadas entre 1940 e 1945, na sua maioria judeus. Confira aqui.
Amanhã
Pelos corredores do poder (9)
Então as hipóteses que avancei em números anteriores da série não têm qualquer validade?
Bem, talvez uma delas possa concretizar-se: a da formação da bancada parlamentar do MDM. Houve muitos problemas na gestão das eleições de 28 de Outubro do ano passado, muitas críticas nacionais e internacionais. Ora, pode acontecer que, na sequência do almoço com Guebuza, a Frelimo condescenda na formação dessa bancada, procurando anestesiar um pouco os efeitos das críticas.
SOS Mangal da Costa do Sol
27 janeiro 2010
Baixa de Maputo hoje
Estado em que ficou a baixa (e nomeadamente a Avenida 25 de Setembro) da cidade de Maputo hoje após chuva torrencial. Fotos enviadas por SM (que disse tê-las recebido de pessoa amiga), a quem agradeço.
393 mil hectares
Afrobrasnews
Haiti: párem de culpar as vítimas
Soberania, nacionalismo e migração
Pelos corredores do poder (8)
Permitam-me recordar-vos a pergunta que ficou no último número, a saber: terminado o almoço, o que irá acontecer?