Vou terminar esta série.
Tenho escrito muito neste diário - e em alguns dos meus livros - sobre poder, poder político, relações de poder e recursos de poder. Aqui e a terminar, apenas dizer o seguinte:
Quem detém o poder político tudo fará para travar o acesso dos adversários, não importa por que meio, a que nível e onde, tudo fará para convencer sobre a naturalidade do usufruto desse poder, para tornar universais os interesses particulares, evacuando a história da história, procurando anestesiar as mentes, protegendo duramente o seu território de recursos de poder. O almoço proposto por Guebuza não foi uma vírgula nesse interim, foi, apenas, mais um momento político total.
Nesta etapa histórica, o partido no poder não precisa de fazer alianças, absolutamente não precisa dos outros partidos para sobreviver. São estes, muitos deles (designadamente os pequenos cavalos de tróia e os gelatinosos-hibernadores), que dele precisam para sobreviver, que dele precisam para fundos eleitorais, que dele precisam para alianças.
Portanto, aos reais partidos da oposição só resta a luta.
Como escreveu alguém, em comentário num dos números desta série, poder político não se dá, não se oferece, conquista-se. Os meios de luta são diversos, apreciamos uns, desdenhamos outros, consoante a nossa posição e o nosso prisma.
Tenho escrito muito neste diário - e em alguns dos meus livros - sobre poder, poder político, relações de poder e recursos de poder. Aqui e a terminar, apenas dizer o seguinte:
Quem detém o poder político tudo fará para travar o acesso dos adversários, não importa por que meio, a que nível e onde, tudo fará para convencer sobre a naturalidade do usufruto desse poder, para tornar universais os interesses particulares, evacuando a história da história, procurando anestesiar as mentes, protegendo duramente o seu território de recursos de poder. O almoço proposto por Guebuza não foi uma vírgula nesse interim, foi, apenas, mais um momento político total.
Nesta etapa histórica, o partido no poder não precisa de fazer alianças, absolutamente não precisa dos outros partidos para sobreviver. São estes, muitos deles (designadamente os pequenos cavalos de tróia e os gelatinosos-hibernadores), que dele precisam para sobreviver, que dele precisam para fundos eleitorais, que dele precisam para alianças.
Portanto, aos reais partidos da oposição só resta a luta.
Como escreveu alguém, em comentário num dos números desta série, poder político não se dá, não se oferece, conquista-se. Os meios de luta são diversos, apreciamos uns, desdenhamos outros, consoante a nossa posição e o nosso prisma.
Afinal, quer Simango quer Dhlakama lutaram politicamente à sua maneira, o primeiro indo ao almoço, o segundo recusando-o. Podemos e devemos avaliar normativamente os meios de luta, mas isso não os abole. E, a este propósito, talvez valha a pena recordar o velho Maquiavel, na sua parábola da raposa e do leão, aqui.
(fim)
2 comentários:
Mas o que fazer? Se o leao ainda insiste em cacar a Raposa.
Muito bem dito!
aos partidos!
so resta trabalho arduo.
O poder não se dá, não se oferece!
conquista-se ou arranca-se!
Vou seguir o seu conselho, rever a parábola da roposa e leão!
Nos corredores do Poder...o interessante foi surgimento do MDM...e tudo que acompanhamos!
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