A nomeação de Verónica Macamo para presidente da Assembleia da República sob a bandeira da Frelimo fortalece o poder da elite do Sul sobre as instituições do país - é o que diz a mais recente notícia sobre o nosso país na imagem em epígrafe, extraída do Africa Intelligence, aqui.
Pergunta: o que têm os leitores a dizer deste prisma político-regional?
5 comentários:
Podia dar um bom debate. E o primeiro-ministro (do Naissa), onde fica encaixado?
o proprio Guebuza nasceu no Norte de Moçambique
Eis mais um SOFISMA que, desta vez, e o respeitavel Indian Ocean Newsletter que nos tenta impingir.
Senao vejamos. Por Mulembwe ser do Niassa, isso significa que aquela provincia esteve mais representada na governacao? Errado. O Niassa mantem-se a regiao mais isolada e desfavorecida do pais. E o seu poder na AR materializava-se segundo esse criterio regional? Errado.
Entao porque e que se insiste nesta tese peregrina? Justamente para ocultar o problema principal que e a composicao do funcionalismo publico adstrito a certos ministerios-chave, esses sim, com desequiilibrio regionais evidentes nos seus recursos humanos. Por exemplo, na Defesa, o nucleo duro e oriundo de Niassa e Cabo Delgado. Nas Financas, nucleo duro e quase exclusivamente de Inhambane, e assim por diante.
Para concluir que, a ascencao de Veronica Macamo a Presidente da AR NAO altera o paradigma do equilibrio de poder por via da luta armada. Pois desde o inicio, foi obvio a FRELIMO foi constituida por carne para canhao de Niassa, Cabo Delgado e Tete, e estrategas eminentemente de Maputo, Gaza e Inhambane. Mesmo quando Pedro Comissario levantou a questao dos quadros Senas, estava claro que ELE nao estava a pedir ministros Sena, mas sim a reivindicar a ascensao de mais funcionarios Sena equitativamente no funcionalismo publico.
Isso sim, seria mais interessante verificar se realmente tem estado a respeitar o equilibrio politico-regional de Mocambique.
Ao Sr. Anónimo de 31/1/10 5:43 PM
Eu também nasci em Moçambique, no Centro!!!
Em Mocambique é difícil, senão impossível falar aberta e formalmente sobre questoes regiões e de etnicidade. Estamos numa sociedade fechada. O que não queremos falar aqui quase que todos falam "informalmente". Crescemos com uma certa proibicão para falar disso que já custou vidas.
Em sociedades abertas fala-se disto abertamente e formalmente. Lá há muitos estudos, há exigências para inclusão a partir do topo até na empresa e não se acha normal governos que se formam com base na amizade e familiaridade (NEPOTISMO). Daí o indice de desenvolvimento económico e humano ser mais alto lá e baixo na nossa sociedade.
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