
Observação: o Sr. David Simango trilhou uma estrada nativista cujas consequências locais e nacionais podem ser nativamente perigosas em sua natividade.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
Os Khoisan (também conhecidos por bosquímanos, hotentotes, coisã ou san) vão ter terrenos parcelados, recuperar parte das suas ancestrais terras?!
Não faltará muito para que acabem por expulsar os pescadores oriundos de Goa!
Esse caminho é, de facto, sinuoso, potencialmente perigoso e dado a muita manipulação e abuso.
Mas não é caso único.
Na Machava-Socimol, utilizando-se exactamente a mesma palavra (que eu nunca antes tinha ouvido ser dita em contextos "populares"), os lotes atribuídos a «nativos» têm o dobro da área dos atribuídos às famílias que não são consideradas dessa forma.
Sendo outro município (Matola), parece provável, face ao dado que agora apresenta, que a ideia/ordem "nativista" tenha vindo de níveis superiores aos Conselhos Municipais.
Tratar-se-á de uma moeda de troca com os "donos da terra" ("régulos", "autoridades tradicionais") em ano eleitoral?
É que, de facto, um dos evidentes desagrados destes últimos, nas zonas sob pressão de crescimento urbano e periurbano (como estas), era a sua redução a funções rituais, excluindo qualquer poder sobre o uso da terra.
Um assunto que talvez mereça algum aprofundamento - e mais dados, por parte de quem os conheça.
Notícias de última hora dão conta que o prioritáriamente citado para os nativos da Catembe em hipótese alguma poderá ser aplicado em prejuízo dos nativos de Gaza.
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