Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
16 comentários:
Os Correios de Moçambique desde o afastamento por motivos partidários do seu ex. PCA, Dr. Pequenino (de pequenino só tem o nome)está sem leme, está à deriva. Perdeu-se no tempo. É um serviço que poderia mitigar o sofrimento de muita gente e criar mais postos de trabalho, mas....o seu sentido de orientação é outro. Sobrevive-se de cartas que os clientes depositam, com destaque para os serviços do Estado, quando deviam estar a apostar na modernidade. Que pena. Onde andas tu Dr. Pequenino?
Professor Serra, a historia do Luabo deveria merecer um estudo profundo. Nao consigo perceber as razoes que levaram tanto o exercito governamental como a Renamo a promover tamanha destruicao. Julgo ser a cidade mais destruida deste pais pela guerra. Se poder solicite ao Joao Carlos Colaco, as fotos da cidade de Luabo que ele tirou recentemente. É muito chocante.
Fico muito triste cada vez que oico falar de Luabo, minha terra natal. Estive no Luabo pela ultima vez faz dois/tres anos e o que vi me deixou com o coracao partido. Tambem tenho umas imagens que registei. Do Luabo clube, do bairro onde passei a minha infancia e vivi antes de rumar para Beira (bairro azul, onde era quase vizinho do Colaco).
Este edifico, o dos correios, era mais uma daquelas autenticas obras de arte que Luaboi tinha. Dizem os sobreviventes da guerra (que ainda estao no Luabo) que foi uma bomba que destruiu o eficio. Desparada por um MIG, de acordo com estas testemunhas. A bomba era tao potente que deitou a abaixo o edificio todo. Sorte pior teve o edificio da administracao, que no seu lugar somente ficou um buracao tao profundo que ate se pescapor la. Dizem que se pega bom peixe.
Mas para alem da destruicao fisica marcou-me o desespero e a resignacao das pessoas. E de partir o coracao de qualquer um. Ainda uns dias atras falava com o Baba Harris e discutiamos a possibilidade de fazermos uma Associacao ou algo que desse para desenvolver alguns projectos sociais e levar gente do Luabo a repensar na sua terra. Acredito que ainda ha especo para continarmos a pensar nisso. Seria um espaco tambem para relembrarmos o CESSEL DO LUABO (que era o baluarte do fuitebol Zambeziano), do Luabo Clube, ums dos melhores clubes que ja vi, do campo de futebol que tinha o melhor relvado do pais, do peixe pende...e mais.
Meu Luabo. Nosso Luabo. Quem te viu e quem te ve.
Que boas recordacoes guardo.
Inacio Chire
O Benjamim Pequenino esta ca em Maputo.
Tenho-o visto regularmente.
Inacio Chire
Tb sofro vendo a imagem.
Chire, acho muito interessante a tua ideia de se pensar em fazer algo pelo Luabo. Mesmo nao sendo natural do Luabo e nem sequer conhecer mas por aquilo que pude escutar do Colaco e outros compatriotas terei todo o prazer de aderir a alguma iniciativa que seja levado a cabo para restituir a dignidade e a vida a esta cidade. Vai amadurecendo a tua ideia e depois diga algo.
Obrigado Ismael Mussa, Inacio Cheure e Professor Serra pelos comentarios.
Realmente, as fotografias que tenho do Luabo de hoje sao profundamente chocantes. Ainda estou por entender porque a guerra teria castigado tanto o luabo? Tinha uma imagem errada das consequencias desta guerra. Quando revisitei Inhameinga, 22 anos depois, vi Gorongosa e outras vilas em Sofala e Zambezia porque sabia antes que eram zonas mais castigadas pela guerra, descobri que Luabo tinha sido cirurgicamente destruido. O escritori geral (o antigo London office), O campo de futebol, o Luabo Club, o edificio do Posto, os Correios, os depositos de combistuvel no cais (Gombe), a fabrica, o Hospital, a Vila, a Pousada, a palhota enfim, ligares e egificios unicos e emblematicos. Muitos Estes edificios e lugares foram igualmente saqueados. O proprio cemiterio nao escapou por causa das placas com nomes em bronze. Estou de acordo com a ideia da Associacao. E preciso nao deixar morrer Luabo. Ou seja, Luabo ja nao pode morrer mais do que ja esta. Havemos de voltar um dia, espero!
Bom, eu nem vou comentar!
Não vale a pena mesmo.
Ah, ia esquecendo, mas também sou natural do Luabo - Chinde - Zambézia - Moçambique.
Muene Cazonda.
Talvez por isso.
Nota:
Harris - estudei com as irmãs gémeas, as belas Clara e Clarisse Harris.
Segui a carreira da Astra, ou Hastra, cantora já falecida.
Me lembro também do Sidney, o mais velho dos irmãos.
Parece que sou mesmo do Luabo, não é?
Umbhalame, Ismael Mussa, Colaco
assim que tivermos um tempinho vos contacto para vos passar notas do que andamos ruminando. Tenho a creteza que juntos podemos criar algo.
Esse convite e extensivo a todos os que se interessem pela ideia.
Sei que ha muitos Luabenses na Beira e em Quelimane que tambem podem interessar-se pela ideia.
Abracos a todos.
Inacio Chire
Chire, ficarei aguardando por noticias tuas. Um abraco e até breve.
Chire, ficarei aguardando por noticias tuas. Um abraco e até breve.
A equipe do Portal esta grata por estas contribuicoes todas e por sentir o cheiro de realizacoes a favor de Luabo, terra massivamente destruida. A concretizacao desta e de outras iniciativas podem mudar o rumo de Luabo que tende a ser um desastre.
um forte abraco ao Prof Serra que citou esta postage no seu prestigiado blog.
Baptista Joao
Professor:
Não sei se será uma foto do correio do Luabo. Recordo-me em plena guerra ter visitado este local e deparei-me com um buracão provocado por uma bomba desapachada por um antanov e ficou a frente apenas o espaço do jardim que rodeava o mastro solitário. Naquele altura preparava-se a visita do Papa a Moçambique: no aerodromo estavam a receber o enviado do vaticano, qualquer coisa Etchagar, cerca de setenta pessoas , só homens, enroladas de sacos para tapar aa partes baixas..... a sede do Clube desapareceu também.
saudades do cheiro a melaço no final da tarde pairando sobre o relvado do CESSEL, uma das melhores relvas na altura no país.
Olá a todos os Luabenses, do Chinde, Marromeu, e por toda essa Zambézia fora....
Eu sou do Luabo, mas nasci no Chinde, embora passasse toda a minha Moçidade no Luabo . Conheci perfeitamente bem as manas Harris Clara e Clarisse Harris, assim como os Johannes Parker, e familia Colaço e muito mais pessoal do Luabo. Tenho muitas saudades do tempo em que lá morei e ainda hoje tenho gravado na minha memória todos os locais por onde eu passeava com a minha Ginga. Fiquei triste de ter visto fotografias , como está agora o nosso Luabo, nem queria acreditar que quilo era a terra onde eu morei.
Saudações a todos quantos aqui deixaram o seu contributo.
Guida Martins
Olá, Amigos. É com muita tristeza que constatei que a terra que me viu nascer, se encontra parcialmente, ou quase totalmente destruída. Nasci a 19 de Março de 1957 no Hospital do Luabo/Zambézia, e cresci até aos 17 anos, altura que por força maior, como todos sabemos vim para Portugal a 26 de Janeiro de 1974. Com muita mágoa deixei a minha Terra Natal e os meus amigos que comigo dividiram tantas aventuras e desventuras,ai aconteceram as primeiras paixões e amores, partilhamos escolas,piscina,golfe,clubes, e tantas outras coisas. Passados 40 anos constato que foi o único local onde realmente fui FELIZ. LUABO MINHA PÁTRIA AMADA, SEMPRE CARINHOSAMENTE GUARDADO NO MEU CORAÇÃO PARA TODO O SEMPRE.
Ana Maria Duarte Tomé
Ho meu Luabo minha terra mãe, sou filha do sr.ja falecido Gervásio Pereira Alves da Silva,e de Tomázia Julião da Silva, era pequenininha quando de lá saí fugida da Guerra, maldita guerra que destruiu o nosso Luabo e deixou nos sem rumo,sou cantor principiante e estou a fazer uma letra de música relatando sobre o nosso Luabo e é com muita satisfação que eu vou cantar e gostaria de fazer um vídeo clip é ainda um sonho que a qualquer momento vou realizar ,estou a tentar com os produtores um tom mais moderno chamo me Elza Neyd Alves da Silva, sou beta do Falecido Alfredo Julião da Silva!Deus é pai e vamos reconstituir o nosso Luabo
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