18 maio 2009

De novo "pequenos e dependentes"

A Rádio Moçambique voltou hoje à ameaça feita há dias pelo encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Maputo, Todd Chapman, no sentido de que "a administração Obama poderá interromper a qualquer momento a execução dos seus os projectos em Moçambique se o executivo moçambicano tardar em emitir a necessaria autorização de trabalho a dezenas de médicos e outros especialistas norte-americanos."
Recorde a minha anterior postagem
aqui.
A ministra do Trabalho, Helena Taipo, afirmou hoje, entre várias coisas, que (1) estamos abertos à colaboração, (2) "há quem se diga médico e não é "(sic) e (3) "nós também temos regras" (sic) (noticiário das 12:30).
Comentário: é sempre um problema um pequeno dizer a um grande que quer e sabe avaliar médicos nas regras que são as suas. Mas a ministra não temeu o problema.

15 comentários:

Anónimo disse...

SIM, TEMOS REGRAS!

PRE- PAGAMENTO!

NAO DAMOS CREDITO!

MZ

Viriato Dias disse...

O comentário que faço a este imbróglio diplomático, entre a ministra do trabalho e o encarregado de negócios dos EUA, têm à resposta num comentário que em tempos atrás o escritor David Aloni, ora já falecido, fez quando o interpelei num café em Maputo, disse-me: “Viriato, se queres ser alguém na vida, tens que te vergar perante certas humilhações, mas nunca te vergues perante a um ignorante.” E esta frase ficou em mim para sempre. Quero com isto dizer o seguinte: se o governo acha que o país necessita de mais médicos então terá que aceitar em receber os médicos norte-americanos, desde que se cumpra rigorosamente as balizas (requisitos) pré-definidas, caso não, o que acho caricato, seria de bom agrado que se colocasse as cartas na mesa. O que não pode acontecer é o governo vergar-se por uma decisão que fere as regras internas do país. Eu penso que há coisas no meio disso tudo que o povo ainda desconhece. Ainda vai correr muita água debaixo desta ponte (...).

Um abraço

Reflectindo disse...

Eu insisto dizendo que no meio de tudo isto está o problema de gestão dos nossos governantes. Agora usa-se o populismo como escudo. Só se estes meus governantes me provassem que sabem gerir os seus próprios quadros, aí aceitaria eu que o problema é das regras. Um país como o meu devia envergonhar-se por não afectar PhD em "ciências exactas", por exemplo. E essas regras dizem que para se dar a resposta tem que passar mais que um ano?

Tomás Queface disse...

Temos que reconhecer que não estamos numa posição em que não temos o poder de escolha! No choice... É só fazermos o que eles querem e acabou.

Fátima disse...

Seja o que for este é um País, uma nação. Estamos pobres. Mas temos direitos de escolher e optar. Mesmo os pobres precisam de um bom médico. A ministra deve fazer o filtro, sim. Mesmo nos Estados Unidos existem bons e maus médicos. Há desempregados. Há lobys também. O importante é que o filtro seja breve. Queremos mais médicos.

Anónimo disse...

CASH!

CASH!

CASH!

MZ

Anónimo disse...

A coisa esta quente.A ver quem e`que se acaba queimando.

A ministra Taipo deveria convidar Todd Chapman para audiencia afim de encontar uma solucao quanto antes. O dialgo resolve muitos problemas e malentendidos.

MOZ can´t affort to loose the help from states.

Kanimanbo

umBhalane disse...

Obama vai resolver.

Anónimo disse...

Professor. Eu acho que esta noticia precisa de mais esclarecimentos. Afinal quantos médicos são? De que especialidades? (Sei que há por ai meia duzia de oftalmologistas no pais, para não falar noutras especialidades) Onde vão trabalhar? Para que ONGs? Ou é para o Governo Americano? Porque se tarda tanto a dar o reconhecimento (ou não) das suas habilitações? (Porque parece que é esse o problema e não da sua entrada como tal, pelo menos é o que se alega.
Que regras são essas onde se demora tanto com a resolver um problema a meu ver tão sensivel (se é que de facto entendi bem o tempo que está a tardar em se dar uma solução ao problema?) Sei que a Reforma do sector publico diz que os documentos devem ser despachados em 30 dias.

Finalmente: Precisamos dos médicos ou temos os nossos? Não será que estamos a fazer uma tempestade num copo de agua? Apenas algumas duvidas. Que me perdoem os que já tiraram as suas conclusões.

Anónimo disse...

So para completar as minhas duvidas: Será que os americanos submeteram os documentos para serem reconhecidos? Se não acho que o deveriam fazer como mandam as normas? Se não o fizeram, estão a violar a lei nacional e isso é INADMISSIVEL!

Jorge Carlos Fernandes disse...

Pelo que vinhams recebendo de Medicos de Cuba ou da antiga URRS nunca houve a minima exigencia, senao uma boa parte deles nem sequer era admitido em Mocambique.
Entao o que havera na realidade?
Por outro lado, lembrar que logo apos a formacao, o Medico USA recebe mais que 10 a 15 vezes o que o Medico MZ recebe (mais que Ministros?).

Anónimo disse...

quem paga esses 10 ou 15 vezes ao AMRICANO,nao somos nos.

mas, nos 'e que pagamos aos nossos ministros, nao 'e????

Reflectindo disse...

Mais uma vez repeto que tudo o que os governantes mocambicanos que são meus dizem é uma treta.

Se realmente fosse esse problema de regra, como é que eles, os governantes mocambicanos, não podem afectar, já vão de sete meses, um PhD mocambicano num dos países europeus, nascido crescido numa das províncias do centro do país, licenciado pela UEM e funcionário num dos ministérios da República de Mocambique

Tenho certeza que há muitos que conhecem muitos quadros marginalizados embora haja muita necessidade.

Rui Jorge disse...

Eu acho que a Ministra deve pensar que como esta la o Obama vai amenizar as coisas, esta muito enganada deixe-se de pomporras porque sabemos que aqui raramente se cumprem leis, para que fazer guerra agora logo com os Americanos..vamos perder deixe de ser burrinha minha senhora isso nao e ser nacionalista e ser estupida mesmo

Anónimo disse...

As normas são importantes e devem ser seguidas.
Mas também são importantes os apoios que recebemos. Assim, em vez de nos entricheirar-mo-nos e usarmos a bandeira das normas, devería-mos saír a público e tentar resolver a coisa.
Penso portanto que este assunto deveria se resolvido, tentando que ambas as partes cedessem, sobretudo porque sabemos que as normas estão aí mas não são cumpridas. São utilizadas como e scudo quando queremos fazer um pouco de show e queremos que nos vejam como os grandes defensores do país.
O próprio Ministério do Trabalho internamente, está a realizar uma purga que por vezes raia a zanga de comadres. Parece que perseguem só quem querem ou quem podem... Nesta altura do campeonato o que se necessita é de melhorar, e melhorar exige que nós façamos muito mais educação, apoio á mudança do que a simples multa e atitude correctiva.

Penso que um ponto para debate seria a questão das diversas policias e suas diferentes formas de actuação, ou antes as suas diferentes corporações.

Otilia