28 abril 2009

M'panda: o dilema

Pelo "O País", ficamos a saber que a barragem de M’panda M’kua será mesmo construída. Pelo "Canal de Moçcambique" ficamos a saber que um geofísico alerta para o risco de terramotos. No que me concerne, encontrei, em inglês, um texto com advertências feitas desde 2006 sobre os riscos da construção da barragem. Confira aqui. Finalmente, sugiro a releitura destas postagens aqui e aqui.

6 comentários:

Anónimo disse...

Professor li atentamente o Link "O risco de terramotos" apresentado nesta postagem, a ser tudo verdade significa que o Ministro está a mentir, é muito triste o que assistimos aqui em Moçambique.

Maxango

Carlos Serra disse...

Creio que não é uma questão de estar a mentir, mas uma questão de quer fazer bem sem avaliar (eventualmente )bem o caminho. Por outro lado, pontos de vista de ambientalistas são algumas vezes visto como perturbadores do progresso.

Anónimo disse...

Prof.
Segundo a RM (12:30 de hoje)
Ossufo Momad, diz que a Frelimo está a treina homens(Guarda Fronteiras), para atacar guardas fronteiras), para atacar os guardas de Afonso Dlakama.
Reacção da Frelimo(pelo porta voz mor Edson Macuácua)_A Renamo deve se reconciliar com as leis existentes no nosso país.
PS. A questão é porque será que quando estamos proximos das eleições reaparecem os homens armados.Servem a quem e porque?

Carlos Serra disse...

Obrigado, tinha acabado de postar nesse sentido...

Sir Baba Sharubu disse...

When a powerful earthquake hits Iran, there is always a tremendous amount of life loss. When a powerful earthquake hits Japan there is always minimal loss of life. Why ? One reason is that in Japan buildings are constructed using the most advanced anti-seismic techniques.
I would imagine that M'panda M'kua, as well as all the other dams that MOZ needs, will be constructed using the latest technical knowledge available.

Daniel disse...

Prof.
Em primeiro lugar agradecer esta profunda visão e coerente apresentação para debate público de temas que são de interesse nacional. Numa altura em que se fala da integração entre a ciência e os sistemas de governação (Governance and Science Integration), é triste saber que opiniões cientificamente fundamentadas não só por nacionais como por estrangeiros estão sendo arrumadas em gavetas à custa de objectivos infundados e interesses políticos.

Não quero entrar em assuntos técnicos que disto já começamos a nos cansar. Lembro-me de um debate televisivo (na TVM) em que o Governo de Moçambique se contradisse, o Ministro de Energia argumentando que Mpanda é sustentável e o Ministro do Ambiente argumentando que é insustentável. Alguns dias depois houve mudanças governamentais que resultaram na nomeação de um novo minitro para a área ambiental (a actual). É esta ministra que hoje aparece no parlamento a afirmar que Mepanda Uncua é sustentável. Será esta a estratégia ideal de um Governo escolhido pelo povo? Retirar os que pensam no bem público e colocar os defensores de padrões e estratégias políticas?

LEMBREMO-NOS:
SUSTENTABILIDADE = BENEFÍCIOS COMUNITÁRIOS + MELHORIA DA QUALIDADE AMBIENTAL + DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

Perdoa-me ter sido longo.