A "palavra de ordem de momento" em Cabo Delgado tem a ver com a "crise financeira mundial". O jornalista Pedro Nacuo apercebeu-se das vantagens políticas de semelhante bicho: "A consequência imediata é que o termo começou a ser prostituído que chegou nas nossas casas como piada. Tudo o que falta (e sempre faltou), lenha, carvão, água, caril, é culpa da crise mundial. (...) É por isso que hoje é normal as direcções provinciais reunirem os seus funcionários para falar da crise mundial, volta e meia, o respectivo director não sabe o que é isso na verdade, e em que medida Moçambique, ou seja, Cabo Delgado, se sente mexido ou mexe com um problema daquele tamanho, nascido há poucos meses, para justificar tudo o que não conseguimos fazer em todos estes anos. O que é que um administrador distrital diz, quando convoca uma reunião ou um comício para falar da crise mundial, o mesmo que quando estamos juntos, já em particular, não consegue desenvolver uma conversa de quinze minutos sobre essa tragédia que se está a abater contra a humanidade? Agora são os chefes dos postos administrativos que vão às aldeias falar da crise mundial. Acaso sabemos o que é que vão lá dizer? E como dizem?"
1 comentário:
ESTE ESTILO E GOVERNAÇÃO NÃO É NOVO, É UM " DÉ JA VU ". é o estilo peculiar do Comissário politico. Quem é das gerações pós independcia de certeza que se lembra das reuniões em cadeia por oredens do partido. Desde o ministério até ao chefe de posto para explicar o discurso dO Camarada presidente ou de uma palavra de ordem recem inventada no extenso vocabulario revolucionario. A Hsitoria repete-se, presumo que agora se trata de uma directiva do partido para em ano de eleiçoes se poder explicar aos súbditos de que a promessa por cumprir fica adiada devido a crise. BEM HAJA A CRISE, O PAI DE TODAS AS DESCULPAS!
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