18 abril 2009

Os quadros do Pedro

É sempre saudável sairmos das pinturas auto-triunfalistas que por aí circulam nos carris oficiosos, cheias das mesmas obsoletas cores e dos mesmos hinos à pura democracia, sairmos daquelas obras missionárias que pregam os diálogos inteligentes por todo o lado, escaparmos das palavras-morfina dos intelectuais orgânicos, descodificarmos os valorosos combatentes contra a pobreza absoluta. Claro que a vida é um quadro. Como quadros são aqueles (mesmo os ardósias maioritários) descritos pelo jornalista Pedro Nacuo, sempre fino e sardónico, depois que esteve no aeroporto de Pemba e ficou com os olhos cheios de quadros, aqui. Obrigado ao Maximianio por me ter chamado a atenção para esse trabalho no mural de recados situado no lado direito deste diário.

3 comentários:

Anónimo disse...

Professor,

Faltam quadros?

Qual 'e o problema?

Embelezar a reuniao onde estao os dirigentes?

Basta ir 'a esquina de 24 de julho e Julius Nherere e pedir aos artistas que ali vendem telas de batique! mandar moldar na carpintaria do bulha e ja esta!

quando a reuniao acabar, pedimos 'a Uniao Europeia para pagar aos artistas moluenes.

e se a Uniao Europeia negar, por causa da crise financeira, falamos com os chineses para nos darem um pouco da madeita que estao a tirar do pais. chega! Problema resolvido! na carpinataria do Bulha, nem precisa de pagar!

o que ahas da ideia, umBhalane?

MZ

Anónimo disse...

Queria usar este espaço para parabenizar Pedro Nacuo. É um jornalista cheio de talento, que escreve bem, de forma honesta e imparcial. Espero que os outros que se limitam a repetir os chavões do dia se inspirem nele.

Reflectindo disse...

Artigos de Pedro Nacuo são uma autêntica escola. Admiro bastante que ele sendo do Notícias consiga escrever como faz e não como os seus colegas que nada dizem que interesse ao leitor atencioso e muito menos ao país.

Ontem não estava conseguir abrir o artigo, mas é excelente e revela a realidade do nosso país. Não nos deixemos a enganar há falta de quadros e os únicos que temos, não os usamos racionalmente.