09 abril 2009

Governantes na África do Sul: nada de executivas nem de hotéis 5 estrelas

Comentário: sem dúvida uma medida capaz de provocar ingovernáveis úlceras gástricas. Imaginem o nosso ministro das Finanças a tomar idêntica atitude entre nós...

15 comentários:

Anónimo disse...

Ulceras gatricas e homicidios politicos tambem professor. Como estamos integrados o tio Chang devia seguir o exemplo.

umBhalane disse...

Os sinais políticos são importantes.

Anónimo disse...

Só poupa quem tem... E quando lhe custa... Nós como usamos dos outros, não temos, nem nos custa... Por isso, vamos poupar o quê?
M

micas disse...

Que bom seria se esses exemplos fossem seguidos por todos os políticos de todas as latitudes...

Reflectindo disse...

Concordo com o M. Até o nosso camponês de Nairoto sabe poupar o que lhe custa. Ele sabe que só e só tem aquilo que ele produz. Agora como nós não temos, mas recebemos donde pedimos, prontos. Näo precisamos de poupar e até podemos ser arrogantes em público.

Anónimo disse...

Ajudas de custo para um ministro em Moçambique são no valor de 3.000 meticais.

Tsin Tsi Va disse...

Um país que vive de mâo estendida, desde o presidente ao miudo de rua...

Vai poupar o que se nâo custa a ganhar... Parece que estamos todos de acordo.

Enfim...faz parte do processo, esperemos 50 anos...

Pensem Nisso
Tsin Tsi Va

Anónimo disse...

...numa perspectiva maquiavélica,ás vezes quase que desejaria que a crise culminasse numa recessão tal que obrigasse os doadores a terminaram com os donativos...para quê?
..para obrigar estes governantes emburguesados com o dinheiro dos outros a começarem a trabalhar,e a lançar projectos ......urgentes,realistas ,capazes de nos tornar pelo menos autosuficientes em termos de alimentação...
Pura utopia!!!!
Tóxico

Anónimo disse...

Eu não sei porquê estas informações não circulam mais! Há muita gente que acredita que os ministros só vivem em sítios de luxo. Um quarto num hotel modestíssimo como o Zambeze, em Tete, varia entre 3.500 e 5.500 meticais por dia. A diária de um membro do governo não paga esse hotel.
O que será então da possibilidade de um membro do governo se hospedar no Polana, no Pemba Beach Hotel, no Avenida...?
Tenho pena desses indivíduos. Tão denigridos e a passarem tão mal. Que tal um jornalista investigativo trazer uma matéria honesta sobre salários, regalias e ajudas de custo dos ministros? Eu acredito que ficaríamos surpreendidos; quão modestos eles são.
Alfredo Langa

Anónimo disse...

Abençoado ministro sul-africano!

Anónimo disse...

O Sr Alfredo Langa fala a brincar ou fala a sério???
M

Anónimo disse...

Caro Langa,

> Independentemente do que ganham ou deixam de ganhar os nossos governantes, a medida tomada por Trevor Manuel é plena de racionalidade económica e respeito pelo povo, logo, de analisar e ponderar a sua aplicação a nível da SADC.

> Estou de acordo que o salário NOMINAL de nossos Ministros, e do aparelho de Estado em geral, é mau - insuficiente para uma vida com dignidade.

> Seguramente, essa será uma das razões de tanta "disponibilidade" para o tráfico de influências, cabritismo e, também, para a nossa "tolerância" (imaginamo-nos no lugar do outro... e, provavelmente, em muitos casos, fariamos o mesmo).

> Porém, os nossos Ministros, Directores Nacionais, e alguns quadros, têm interessantes adicionais: casa com os mais sofisticados equipamentos, viaturas para o agregado familiar, complemento em divisas, etc.

> Creio que o exemplo do custo das diárias nos nossos hotéis (Tete e outros) não se aplica aos nossos Ministros. Ficam instalados nas casas protocolares do Governo com tudo pago pelo erário público.

> Em regra, regressam com 100% da ajuda de custo diária mencionada (cerca de 2 salários mínimos) e com uma série de ofertas dos governos provinciais, também pagas pelo erário público.

No regresso das visitas ás províncias, é interessante ver a azáfama dos protocolos provinciais nos aéroportos, a despachar, cabritos, camarão, amendoim, e demais ofertas do governo e do povo... para além das manifestações culturais, de canto e dança á chegada e partida.

> Numa recente entrevista, um jornalista perguntou ao Primeiro Ministro de Cabo Verde, como é que um país pequeno, sem grandes recursos naturais tinha conseguido tão bons resultados económicos e sociais.

Resposta: o sucesso resulta do facto de, desde a 1ª hora, a ELITE Cabo-Verdiana se ter empenhado na criação de uma sociedade mais justa.

> No meu entender, esta é a chave para o desenvolvimento de países como o nosso: precisamos de uma elite, um "núcleo duro", efectivamente preocupado com uma sociedade mais justa.

Um abraço,

AM

Reflectindo disse...

Parabéns caro AM, com esta resposta ao nosso amigo Alfredo Langa a quem espero que continue a debater connosco.

Anónimo disse...

Caro AM, obrigado pela resposta. E sobretudo por concordar comigo que os salarios dos funcionarios do Estado, incluindo ministros, nao daa para levar uma vida com dignidade.

Haa alguns que, sob a alegacao de que ganham mal, extorquem ofertas quando vao aas provincias? Penso que sim. Mas temos que nos concentrar nisso e nao passar para a sociedade a ideia errada de que os ministros ganham salarios e regalias escandalosos. Pior quando sabemos que estamos a propalar mentiras.

Sobre casas para ministros e directores equipadas com o que haa de melhor. Dizer que as minhas fontes dizem-me que a maior parte dos dirigentes deste paiis vivem em casas proprias. Mobiladas com o seu salario.

As ultimas casas que existiam foram distribuidas como despojos de guerra aquando do AGP. Verifique esse dado, caro AM.

Muito do que julgamos saber sobre os ministros ee pura fantasia e imaginacao.

Alfredo Langa

Anónimo disse...

> Caro Alfredo Langa, sou dos que sabem bem que é muito mais dificl fazer (governar), do que dizer (criticar).

> Há uma enormidade de interesses a conciliar, donde: "não se pode agradar a gregos e a troianos".

> Quem, como nós, tem um Orçamento do Estado dependente em mais de 50% da comunidade internacional (doadores e financiadores) tem de sujeitar-se a regras que eles impõem - não raras vezes desajustadas da nossa realidade.

> Porém, não podemos negar que há muita distorção de prioridades, pouca austeridade, muito apego á faustosidade e sinais exteriores de riqueza por quem chega ao poder, muito pouca preocupação pelos outros. Podia fazer-se bastante mais com os mesmos recursos.

> Sobre as casas dos Ministros: quando da 1ª Republica (período socialista) as casas eram propriedade do Estado, para serem ocupadas pelos governantes, APENAS durante o seu mandato.

> Quando terminavam a comissão/ mandato, regressavam à sua casa ou, na maior parte dos casos, o Governo acabava por lhes arranjar uma nova casa em zona nobre da cidade. O APIE era dono e Senhor; o Governo punha e dispunha.

> Quando passámos da 1ª para a 2ª República, economia de mercado, os Ministros que acabavam seus mandatos, "recusaram-se" a entregar as chaves, argumentando que sendo seus utilizadores, deveriam ter direito à aquisição ao abrigo da legislação que permitiu a alienação do Parque Imobiliário do Estado (Apie). ... e assim, o Estado, deixou de ter, como tinha, um Parque de Moradias para o Ministro A, B, C, etc.

> Se o mesmo critério tivesse sido alargado às Províncias e Distritos, não teriamos hoje casa do Administrador Distrital, do Chefe de Posto, etc.

> Um dos ex-governadores de Sofala, hoje Ministro, mandou reabilitar a casa que ocupou, gastando centenas de milhar de dolares, para depois a adquirir... enfim, oportunismos, excessos, conjunturas!

> Quando o seu sucessor, o actual Governador de Sofala tomou posse, o erário publico pagava de renda, a um privado, cerca de três mil dólares, por a casa oficial não reunir condições de habitabilidade. Desconheço a situação actual.

> Hoje, quando os nomeados para Ministros e outros cargos de destaque, têm casas com dignidade equiparada à de uma casa oficial de Minsitro, podem manter-se nela, beneficiando de completa reabilitação, mobilias, cortinados, ares condicionados, electrodomésticos, tudo novo e de gama alta.

- Para além de tudo isto, recebem um generoso subsídio de renda de casa, o que me parece razoável, uma vez que o cargo lhes dá direito a casa.

- Se a casa própria não reúne condições, o respectivo Ministério aluga uma vivenda no Sommershield por alguns milhares de dolares mês.

Um abraço,

AM