07 agosto 2008

Suécia e Noruega: corte de financiamento ao OGE de Moçambique

"A Noruega anunciou ao Governo de Moçambique que vai suspender até 2011 a seu financiamento directo ao orçamento geral do Estado, alegadamente, pelo facto de não se registarem progressos na luta contra a corrupção, em Moçambique. A Noruega junta-se assim à Suécia que anunciou uma medida semelhante, no mês passado, alegando as mesmas razões. Funcionários da embaixada norueguesa em Maputo disseram não estarem autorizados a falar do assunto."
Observação: bem má notícia. A chamada de atenção veio do Maximianio, no mural de recados do lado direito.

17 comentários:

Reflectindo disse...

Não me admiro nada desse recuo dos países nórdicos.

Anónimo disse...

O próprio presidente é que estimula a corrupção alqueles 7 milhões que mandam para os distritos sem nenhuma definição clara vai piorar a corrupção.

O noticias de hoje 07/08/2008 diz o chefe de Estado alerta quem não devolver o dinheiro com juros será medidas punitivas serão aplicadas. Eu pergunto será que vão punir também os administradores que enriqueceram por este dinheiro utilizando justificativos falsos?
Por exemplo em Namarrói na Zambézia administradora comprou moinhos por 150.000,00MT quanto na verdade esses custam no maximo 60.000,00MT quem quiser vá pra lá confirmar com os beneficiários.
O governo também deve organizar as receitas internas essa dependencia um dia vai nos deixar na rua.

Anónimo disse...

... variante nórdica de "apóstolos da desgraça" ...

V.I

Jonathan McCharty disse...

O unico detalhe que falta sobre a administradora de Namarroi e' a sra. e' sobrinha do Filipe Paunde, secretario-geral do "partidao"!

umBhalane disse...

Atitudes com efeitos práticos nulos.

A meu ver são mais chamadas de atenção à ética politico/social, valores morais...

No contexto, ética, moral, são palavras vãs...

Pelo que estas iniciativas nórdicas valem zero.

E o pequeno deficit será coberto por um qualquer país...

Anónimo disse...

...é mesmo capaz de ser como o umbhalane diz!

Hão-de ir buscar mola à China! Então Angola, tendo esta fonte alternativa e por causa das exigencias de transparencia, não dispensou já a mola do FMI ?

Por cá, os noruegueses gentilmente avisaram que vão fechar a torneira da mola (pelo que percebi não será da noite-pro-dia, mas sim com mais vagar).

Temo que este aviso prévio, no lugar de servir para que faça um esforço para reverter a situacao, seja um alerta para iniciativas do tipo "vamos la, toca a mamar o que ainda resta da mola, e enquanto ha. Mamemos, mamemos....zangados ja eles estão. Tanto nos faz que zangem mais ainda!"

O parte triste de tudo isto: o inocente Zé Povo é quem sente os efeitos da malcriadez destes tipos ...Muito triste!

V.I

P.S: Sobre a "dispensa" que Angola deu a mola do FMI, li numa reportagem com o titulo:

"The New Colonialists - A 14 Page special Report on Chinas's Thisrt For Resources"

Edicao 15-21 Marco de 2008 da revista "The Economist"

A reportagem ta disponivel online aqui

Carlos Serra disse...

No que me concerne, obrigado pela referência do site.

umBhalane disse...

Tanto quanto eu sei, o problema de Angola não é falta de mola...

Tem até demais...

A rede de destribuição é que não funciona muito bem!

Há falta de boas estradas, e também de 4 x 4.

Nestas deploráveis condições, como chegar ao

POVO?

Reflectindo disse...

Afinal Filipe Paúnde, homem sem escrúpulo colocou muitos familiares como administradores? Na sua saída de Nampula, Paúnde colocou seu sobrinho Augusto Ferro a administrador de Rapale-Nampula.

E Ferro fora expulso da ONGs dinamarquesa onde trabalhava por comportamento inaceitável.

Anónimo disse...

Quando descobrirmos petróleo mandamos passeae esses nórdicos pretensiosos. Faremos como os angolanos ou os líbios. Eles é que hao vir a correr à nossa trás daqui a tres anos.

Esse nórdicos e outros é que dao dinheiro para o nosso or´camento. As prioridadees sectoriais sao definidas sob a sua lideranca. Que barulho fizeram para que a PIC tivesse mais dinheiro do que lhe é alocado. Pressionaram para que os tribunais tivessem uma maior percentagem na distribuiçao dos recursos. De onde viriam, ou donde seriam retirados esses recursos para recrutar mais juízes, melhores investigadores e pagar melhor aos guardas prisionais?

Na prisao os reclusos devem ter comida. Comida decente. Fizeram alguma pressao ao governo e aos outros doadores para se aumentar as alocacoes ao sistema prisional? Donde viriam esses recursos?

Sem essas medidas, como é que se melhora no combate à corrupcao?

umBhalane disse...

Não há nada como a coerência, ...e frontalidade.

Anónimo disse...

O Centro de formaçao judicial, onde é docente o Serra Júnior, nao está a funcionar na sua plena capacidade porque deve afinar na aceitaçao de candidatos. Anos existem em que, para todo o país e num ano, aceitam apenas cerca de trinta licenciados em direito para serem formados como magistrados.

A razao é que, depois de formados, esses magistrados devem ter dotaçao orcamental para serem enquadrados no Estado.

A definiçao das percentagens a que cada sector tem direito nao é feita unilateralmente pelo Governo. Os paíse que poem dinheiro no orçamento tem uma palavra decisiva. Os fracos recrutamentos de juízes, investigadores e outros profissionais do sector da justiça també, tem a ver com os suecos e com os noruegueses.

Eu penso que eles querem assunmir novas prioridades. Mas poderiam faze-lo sem nos insultar.

Anónimo disse...

Filibe Ribas, do Zambeze, escreveu uma incisiva crónica a respeito da sabujice dos moçambicanos em relaçao a esse nórdicos. Foi só anunciarem a sua pretensao de reduzir ou parar com as doaçoes que os debates televisivos dos nossos melhores pensadores passaram a preocupar-se com este importante assunto de sobrevivencia nacional. Toda a classe pensante ficou pendente da decisao destes dois pequenos paíse nórdicos.

Um país com tomates convocava os embaixadores desses dois países e, com solenidade, se lhes dizia que este é um país digno. Que nao aprecia ser insultado.

Mas, nada disso. Toda a intelectualidade nacional acha que o seu governo é que é culpado. Culpado da mudança nas políticas de ajuda dos nórdicos.

Bendito petróleo que tarda em ser descoberto. Também creio que redimiria nossa dignidade. Punha esses doadores a nos encararem com mais respeito.

GM

Anónimo disse...

Informar-lhes também que as empresas suecas ou norueguesas seräo pouco apreciadas devido às decisöes de agora dos seus governos.

O nosso país deve aprender a chantagear (também). Aliás, um post recente do Professor Carlos Serra prognostica que temos abundantes recursos petrolíferos.

Vamos usar esses recursos para nos fazer respeitar. Näo consentir que um país minúsculo nos falte impunemente ao respeito.

Anónimo disse...

"Um país com tomates convocava os embaixadores desses dois países e, com solenidade, se lhes dizia que este é um país digno. Que nao aprecia ser insultado."
.. por acaso até temos muito tomate, no Chokwé salvo o erro! Mas o que nao entendo é:
Então, se me é dado dinheiro para melhorar as condicoes de vida de meu povo, e eu o esbanjo de varias maneiras, sendo este post aqui da oficina um exemplo, e depois o dono do dinheiro se aborrece comigo e me avisa que vai parar de mo dar!!!
A isso é que o GM chama insulto?
E o anonimo acrescenta ....
"Bendito petróleo que tarda em ser descoberto. Também creio que redimiria nossa dignidade"
Acha mesmo que vamos todos beneficiar do lucros da venda de Petroleo? Que tal olharmos um pouco para o exemplo de Angola, e outros?
"Informar-lhes também que as empresas suecas ou norueguesas seräo pouco apreciadas devido às decisöes de agora dos seus governos."
... que se chateam, não dão folego e incomodam ao do lado de ca quando ta a "taxar" e nao o deixam a vontade, não é isso?
"Näo consentir que um país minúsculo nos falte impunemente ao respeito."
...parece que sim!

V.I

Jonathan McCharty disse...

Dentre os paises do ocidente, os nordicos aparecem como os poucos que continuam a ter "stocks" consistentes de moral e justica social! Nos somos dos poucos paises que tem beneficiado da sua "ajuda" financeira no mundo! Agora, considerar que eles sejam os "lobos" e a nossa cupula governativa, as "ovelhas", e' afirmar que este pais caminha as mil e uma maravilhas!
Depois, essas mesmas pessoas, "pretendem" se surpreender com eventos como o 5 de Fevereiro! E' a mesma hipocrisia que paira neste debate!
Dudes, Lets face reality!

Anónimo disse...

Moçambique tem metade do orçamento financiado pela ajuda externa, de que os países nórdicos representam uma grande fatia. Alguém deveria estudar desde já o impacto global e específico da concretização destes anúncios da Suécia e da Noruega.
Por exemplo, a ponte de Caia, cuja construção está em curso, conta com dinheiros suecos. Haverá algum reflexo no andamento desse projecto? Que mais acontecerá?